terça-feira, abril 03, 2007

Abril de 2007, cheiro de Março de 1964.


Pronto, a crise está, verdadeiramente, no ar.
Não me refiro só a crise do setor aéreo, que já dura seis meses, agravada agora pelo episódio de insubordinação dos controladores. Juntou-se a essa uma crise política instalada pela inabilidade do presidente ao desautorizar o comandante da aeronáutica. Deu ao grave problema a dimensão de uma negociação sindical.

Novidade?
Não!
Essa é a forma típica como Lula e os burocratas do Bananão administram o País.
Seus princípios de administração (além do primordial de roubar a Nação) são: descaso, inépcia e achar um culpado!
Esses sábios princípios foram adquiridos durante mais de 25 anos de prática sindical e partidária. Não dá para qualquer um de nós, seres comuns, formados pelos métodos tradicionais (mesmo com doutorado), entendermos. É coisa por demais avançada...
E para quem tem um pouco de memória, recordar as falas de Lula nos episódios cotidianos é simplesmente hilariante, não fossem tão trágicas as suas conseqüências para a Nação e seus cidadãos.
Segundo a jornalista Dora Kramer Lula “administra” os problemas do seu governo sempre da mesma maneira: ausenta-se enquanto é possível; bravateia nos momentos mais delicados; e tranfere ao alheio quando não tem mais jeito.
No restante do tempo, fala, fala, fala, de preferência mudando de assunto, fazendo muita piada, mostrando-se hábil na arte de manipular a platéia e claro,sempre contando com a tolerância infinita do brasileiro.

Os antecedentes.
Essa capacidade administrativa tem antecedentes. Não pensem que veio do nada. Existem casos concretos que comprovam a eficácia dos métodos e da experiência desses mesmos sindicalistas, hoje mamando nas tetas do governo e sabotando as instituições assim como faziam nas empresas.
Um dos mais significativos exemplos vem da administração da Cooperativa dos empregados da Mercedes- Benz do Brasil.
Fundada em 1958/59 e administrada pela própria diretoria da Mercedes, era um modelo de cooperativa: produtos de alta qualidade a preços imbatíveis; os eletrodomésticos podiam ser pagos em até dez vezes, sem juros. Durante muitos anos, beneficiou milhares de pessoas até que no início dos anos 80, após enorme pressão política, a fábrica resolveu transferir a gestão para os sindicalistas de São Bernardo. (Lula foi presidente do sindicato de 78 a 82). Não deu outra, em poucos anos, o que era sólido ruiu. Conseguiram levar a cooperativa à falência. Aos cooperados, deram uma banana! Exatamente como fazem, hoje, com a maioria do povo brasileiro...

Provando do próprio veneno.
O povão analfabeto (que raramente viaja de avião), atual receptor das benesses desse camuflado caudilho populista talvez, por ora, não esteja nem aí para o problema. Mas, a classe média e empresarial, que votou nele, já está sentindo, há algum tempo, o peso da sua própria irresponsabilidade. E Lula, que passou a vida instigando greves, está agora provando também um pouco do próprio veneno.


Quem paga o prejuízo?
O Brasil aéreo está parando por causa da inépcia do governo federal
Estima-se que as operadoras de turismo já perderam R$20 milhões desde o início da crise aérea. A receita do setor caiu 40%. Só nesta última sexta-feira, 30 de Março, de 18 a 20 mil cidadãos, passageiros aéreos, foram forçados a adiar seus compromissos e passar por ENORME desconforto. Quem pagará por isso?
Pior, quanto custa essa tensão nos centros de controle e que certamente afeta a segurança dos vôos? Pilotos e controladores não estão se respeitando mais, segundo executivos das empresas aéreas.
Além de não pagarem os enormes prejuízos que a sociedade contabiliza, tanto o executivo, que é rei em legislar por medidas provisórias, quanto o acéfalo legislativo, há anos prometem uma legislação que regule as greves no setor público. Prometem, mas não fazem.
Parece incrível que atos que põem em risco a sobrevivência, a saúde e a segurança da população sejam tão menosprezados!
Em países medianamente civilizados, atos como esses, praticados por civis ou militares especialmente nas telecomunicações, no transporte de massa, abastecimento de água ou energia, saúde pública são punidos com prisão e pesadas multas.
No Brasil, sempre prevaleceu uma inexplicável complacência com esses grevistas que prejudicam severamente os cidadãos e a economia.


O ultimato e uma verdadeira oposição.
Se não for uma bravata, bem ao estilo tupiniquim, com uma nota em tom de ultimato, datada de 31 de Março, O Clube da Aeronáutica (com apoio do Clube do Exército) exige que o governo devolva em 72 horas ao comando da Força o poder de “administrar” a crise aberta pelos controladores de vôo amotinados e revogue a anunciada e intempestiva decisão de desmilitarização do setor.
Se isso não ocorrer, entrará no STF com denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente para depô-lo por atentar contra a Constituição.

Bem, está aí, quem sabe, o inicio de uma oposição verdadeira a esse governo de ineptos parasitas. A oposição civil do congresso, já vimos, não vale nada. É um zero à esquerda! Só é ativa nos seus interesses corporativistas. Talvez, agora, se sintam motivados a fazer o que já deveriam ter feito há muito tempo, quando ficou evidente, no inicio dos escândalos, para que fim veio essa quadrilha do PT.

terça-feira, março 27, 2007

Curtas e Grossas...(difíceis de engolir)



#1 – Anistia incentiva ocupação irregular

A Câmara Municipal de São Paulo (atenção: eu falei SÃO PAULO, não falei Xiririm no sertão do Piauí) aprovou uma lei em 27 de Dezembro último (reparem a data) que isenta do IPTU os moradores (leia-se: invasores) em áreas de preservação ambiental!!! Entre elas está o entorno da represa de Guarapiranga que, por acaso, abastece grande parte da capital paulista...


#2 – Lotes à venda em Guarapiranga: Tratar com o PCC

Não bastasse a calamidade acima, você sabe, miséria pouca é bobagem, o PCC (eu falei: PCC, Primeiro Comando da Capital, não PSDB) assumiu a função de loteador. Terrenos são invadidos e subdivididos; uma singela associação de moradores é formada e quem cobra as mensalidades é o grupo criminoso.
Você já entendeu, não é? Não preciso repetir que as áreas invadidas e loteadas são, além de tudo, de PRESERVAÇÃO AMBIENTAL!
Tá sentindo um gostinho diferente na água?


#3 – Vai piorar

Não só os aeroportos estão mal administrados, pondo em risco a vida e testando a paciência dos cidadãos. (A infraero não tem dinheiro para reaparelhar o essencial, mas financia até o MST.)

Numa escala de 1 a 10, o ensino brasileiro tem nota abaixo de 4, no Índice de Desemvolvimento da Educação Básica, para chegar a 6 (aceitável) levará 15 anos, segundo o ministro Haddad.
E que tal as estradas brasileiras (nisso S. Paulo ainda é privilegiado), estão abaixo da crítica! E o sistema de saúde? E as contas da previdência, então? (coisa que raros brasileiros conhecem)
Você também não está satisfeito? Espere! Vai piorar!
O estado brasileiro SEMPRE foi incompetente. E, a bem da verdade, não é privilégio só do PT...Entretanto, com eles no poder, perdeu a graça. “Nunca antes neste país”...foi tão dramática a incompetência, conseguiram vulgariza-lá ao extremo! Simplesmente banalizaram a imcompetência...


#4 – A verdade NÃO compensa.

Passado um ano da demissão do todo poderoso ministro Palocci, envolvido na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francelino Costa, o Nildo, (e outras grandes maracutaias - só para usar uma das expressões prediletas do Lula - antes de se eleger) o inquérito está parado no STF, aguardando parecer do ministério público...
Enquanto Palocci, hoje deputado federal, com foro privilegiado, lança livro, dá entrevista e faz palestra como celebridade, Nildo perdeu o emprego, a mulher e a tranqüilidade. Desempregado, ele vive o estigma do delator e sobrevive de bicos.
Não é surrealista que ninguém em Brasília queira empregá-lo?
Êta povinho bão...


A pergunta que deixo para cada um responder é: Para que temos o estado e suas instituições? Por que sustentar essa casta de privilegiados incompetentes, se não cumprem minimamente o seu papel?

domingo, março 18, 2007

Estado grande, Nação pobre!


Mais uma vez, está aí, provado!

O estado* (grande) é o maior obstáculo ao crescimento econômico de uma nação.
Novo e recente estudo econômico mostra a relação direta entre o tamanho do gasto público e o ritmo de crescimento econômico dos países, isto é, o aumento da riqueza de suas sociedades.
O estudo do economista Alexandre Marinis com 215 países, e que abrange o período de 1971 a 2005 (artigo de Fernando Dantas, publicado no “Estadão”, de hoje) está baseado em dados estatísticos concretos, conclui pela relação direta entre o inchaço da máquina estatal e a estagnação econômica.

Enquanto a média de expansão do PIB do grupo de governos que gastam até 10% do PIB foi de 4,7%, a média de crescimento do grupo que gasta 30%, ou mais – caso do Brasil – foi de apenas 2,4%!
A análise indica ainda que, para cada 5 pontos porcentuais na participação dos governos nos seus respectivos PIBs, há uma redução média de 0,5% na taxa de crescimento anual das economias.
Para medir o tamanho dos estados* nos diversos países, o economista usou como indicador o consumo do governo que, no Brasil é cerca de 20% enquanto que em países como a Coréia do Sul; China; Chile; Argentina e México está na faixa de 12%!

As despesas do governo no Brasil se multiplicaram por 3 nos últimos 20 anos, passaram de 10,3% do PIB em 1986 para nada menos que 30,2 % em 2005!
Medido pelo consumo do governo, o tamanho do estado dobrou desde meados da década de 80 (10,4% para 19,9%) e foi nesse período quando o indicador saltou de 9,1% (1980) para 16,8% em 1990 que ocorreu a grande freada no ritmo de crescimento brasileiro.
A média anual de 8,8% dos anos 70 despencou para 3% nos anos 80 e 1,8% nos anos 90. Desde 2000 o crescimento recuperou-se para 2,6% mas ainda é muito inferior se comparado com os países cujos governos gastam menos!

A causa determinante da prosperidade das nações está no grau de liberdade e independência de ação do seu povo, e não no gigantismo dos seus governos.
Os caminhos para a prosperidade têm regras muito mais simples do que os discursos enganosos que ouvimos há décadas. Governos não criam nada! Vivem da renda haurida da sociedade produtiva! Quando muito, se eficazes, deveriam prover a infra-estrutura da Nação, facilitar as negociações internacionais e gerir um sistema judiciário ágil.

E as regras da prosperidade são simples: ambiente político e institucional ético e estável, com regras definidas e duradouras. Esta é a melhor receita para atrair investimentos. E são os investimentos em atividades produtivas que geram empregos e criam riqueza! O que os brasileiros precisam é de oportunidade de trabalho e salários decentes, e não de migalhas da dependência política.
O que a sociedade precisa é do aumento da sua renda líquida, o que significa um estado mais enxuto e econômico. Precisa do retorno dos seus tributos pagos, hoje, desviados maciçamente pelos políticos de todos os níveis e pela burocracia incompetente e corruptora.

E viva os liberais que defendem o óbvio: o estado enxuto, restrito as suas funções essenciais.

Defender um estado enxuto, não é simplesmente ser contra a estatização, a burocracia e os monopólios. É ser a favor da eficiência econômica. É ser contra os privilégios de grupos, corporações ou entidades que, à sombra do estado, usurpam os recursos gerados e pertencentes à sociedade produtiva. É ser a favor de um regime que permita maior liberdade aos cidadãos para produzir, investir, contratar, negociar, e consumir, atos naturais da atividade humana, mas que são hoje inibidos por causa da interferência espúria e excessiva do estado jurássico.

E defender a liberdade dos cidadãos é defender a possibilidade de que, com trabalho, cada um construa a sua prosperidade, e não a dos políticos e burocratas parasitas, como tem ocorrido há muitos anos neste país!


* Embora os dicionários recomendem, também não grafarei mais a palavra estado em maiúscula.
Se nação e cidadão não são grafados em maiúscula, por que deveríamos grafar estado?
Cidadãos são a essência da nação e o estado e seus funcionários (permanentes ou temporários) são (ou deveriam ser) apenas mandatários dos cidadãos.
No Brasil atual, isso é simplesmente ridículo, pois o estado, além de não cumprir suas funções elementares, só rouba e espolia a nação e seus cidadãos. Não merece qualquer respeito!


estado: conjunto de instituições que controlam e administram uma nação.

nação: agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros, ainda que não necessariamente com a mesma origem, língua, religião ou raça, respeitam instituições,leis e constituição.

cidadão: indivíduo que, como membro de um nação, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos.

quinta-feira, março 15, 2007

...E já que estamos no tema...


Degustação


Degustar-me não é fácil, amigo,
Há em mim, quase sempre, o sabor enjoado, passado dos limites, de fruta verde que se morde lentamente.
Sob a língua, o amargor destrambelha os sentidos.

Por vezes, ardo.
Os rios do mundo despejados podem aliviar por segundos e volto a queimar.

Se, porém, juntar a fome e a paciência,
banhar tudo com ternuras,
se souber misturar os olhos, /trocar os pés pelas mãos, molhar a palavra em minha boca
e me desnortear
posso ser pêssego maduro
e doçura embriagando o mundo
que havia em torno de nós.


O poema é do encantador blog "Abrindo Janelas"
E a ótima foto do Skylight Verlags

quarta-feira, março 07, 2007

E Deus criou a mulher...























Conta uma lenda que, quando Deus decidiu criar a mulher viu que havia usado quase todos os materiais sólidos no homem, tendo pouco do que dispor...
Após meditar, ELE pegou:
a forma arredondada da Lua,
as suaves curvas das ondas,
a terna aderência das bromélias,
os trêmulos movimentos das folhas,
a nuance delicada das flôres,
o amoroso olhar do cervo,
a alegria do raio do sol e
as gotas dos choros das nuvens.
Misturou isso com a inconstância do vento,
a fidelidade do cão,
a vaidade do pavão,
a suavidade da pena do cisne,
a dureza do diamante,
a doçura do mel,
o ardor do fogo,
a frieza da neve e,
fez a Mulher...



Este é um velho post de Fevereiro de 2006, mas certamente merece ser republicado para o dia internacional da mulher...
texto espanhol de servintegral, traduzido e editado pelo Freeman
foto: Chris Earle

quinta-feira, março 01, 2007

Parasitismo Socialista.

















O PT está moldando boa parte do Brasil à sua imagem e semelhança: um País de desocupados profissionais.

Peço emprestado ao (ótimo) blog “Resistência” o título para este meu post.
Não pretendo repetir aqui as cansativas notícias desse abominável desgoverno petista que traveste descaradamente a compra maciça de consciências, em programas de solidariedade e combate à pobreza.
Lula e seus sindicalistas só sabem fazer, obviamente, o que praticaram a vida toda: viver parasitariamente dos outros. Por isso, só governa para satisfazer os desejos de curto prazo daqueles que o apóiam e, além de não ter a mínima idéia de como desenvolver o país, não tem nenhum compromisso com o futuro da nossa sociedade como um todo.
Exemplos concretos desse cotidiano podem ser vistos aqui e ali.
Não é apenas o aspecto econômico que se encontra desvirtuado e contrário a tudo que o bom senso indica.
É muito mais grave: essa maquiavélica postura política de pseudo-ajuda a parte da população, além de discriminatória, estimula a dependência e “induz a uma desintegração moral e espiritual do cidadão e é fundamentalmente destrutiva da fibra da Nação.” (Roosevelt)

Políticos populistas como Lula, não se interessam em gerar condições para que a sociedade crie os seus mecanismos de auto-suficiência e a geração de riqueza. Investem na miséria, na dependência do Estado, recrutando nas camadas mais carentes da população um exército de estômagos agradecidos... (Carlos A. Montaner)
Na lógica dos demagogos e aspirantes a cargos vitalícios, quanto mais populismo, mais pobres, quanto mais pobres, mais “clientes” para sua base de apoio. Espoliando quem produz, com a transferência sem fim, das “doações” aos carentes. Ao invés de educar e criar condições para o trabalho e a auto-suficiência,amplia-se a base da miséria e da dependência...
E vejam a inversão de valores: essa compra obcena de consciências é apresentada como “solidariedade”, “justiça social”. Na verdade é um grande engodo! Essa “compaixão política é falsa, é uma armadilha, é a ante-sala da guilhotina, onde salva-se temporariamente o estômago, mas perde-se a permanentemente a consciência...
Mas como se opor à doação aos pobres? Então a compaixão não é uma atitude louvável? Depende. A compaixão pode ser terrivelmente destrutiva! Um cocainômano com síndrome de abstinência, alivia sua dor e sua ansiedade com uma dose da droga. Mas se dermos essa dose, tudo que conseguiremos é perpetuar o problema.

É óbvio que um dos principais objetivos de qualquer governo responsável é superar a miséria, elevar o nível de vida do povo a um mínimo aceitável. Mas isso só é conseguido através da educação, de instituições consistentes, da geração de ambientes propícios ao investimento, da competição, de gastos públicos eficientes e reduzidos, etc..
A tragédia é que esta mensagem é muito pouco atraente politicamente...Ela fala de responsabilidades e não de direitos...Acentua a liberdade de construir o próprio destino, com riscos que isso implica e não trás a tranqüilidade passiva de quem espera que lhe tragam tudo de mão beijada...
Os cantos de sereia são sempre mais agradáveis de ouvir, mesmo que eles levem ao desastre...

Se quiser ler mais sobre o tema, leia aqui e aqui também.




O artigo é baseado numa publicação de Montaner, editada pelo Freeman.
A bela pintura é de Raul Colon - Jazz Boat

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Conselho aos Jovens


Neste mundo onde a inversão de valôres é dramática e encontra-se justificativas para quase tudo, é sempre bom ouvir regras simples e de bom senso.

Na verdade, era o ensinamento dos nossos pais e professores (e, via de regra) o que prevalecia naturalmente para as gerações de jovens até os anos 60 e 70.

Hoje, o que não falta são as justificativas e as lamentações para o fracasso e para a vagabundice.
Se você não é um parasita, não pretende trocar a sua dignidade e potencial escondendo-se na mediocridade e na malandragem de um emprego público, estas regras certamente serão úteis a você.

São atribuidas a uma palestra de Bill Gates - o famoso presidente da Microsoft - à estudandes secundáristas de uma escola pública nos Estados Unidos.



Leia, reflita e faça bom uso...


1:
A vida não é fácil acostume-se com isso.

2:
O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

3:
Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.


4:
Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.

5:
Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.


6:
Se você fracassar, não é culpa de seus pais. E, não lamente seus erros, aprenda com eles.

7:
Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora.Eles ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos". Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, limpe o seu próprio quarto.

8:
Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido: RUA !!!
Faça certo da primeira vez.

9:
A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

10:
Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

11:
Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.



A pintura é "O flautista" de Cândido Portinari, de 1934.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Curiosidades do Freeman



O Polo Ambulante

Todas as bússolas apontam para o Polo Norte Magnético.

Agora, entretanto está na hora de substituir nossas tradicionais bússolas pelos mais confiáveis GPS...A razão é que o Polo Magnético, diferentemente do fixo Polo Norte geográfico (ao redor do qual a Terra gira) está se movendo a uma "passada" digamos de 40 kilometros por ano!

Tal mudança é gerada pelo constante movimento da camada de ferro líquido no interior da Terra. O Polo Norte Magnético já se moveu mais de 1.100 Km (700 milhas) desde sua descoberta em 1831. Joseph Stoner, paleomagneticista da Universidade de Oregon, analizando os minerais magnéticos no fundo do Ártico, concluiu que a velocidade dessa mudança tem sido mais rápida desde o século 15.

O impácto mais notório desse deslocamento será com relação a Aurora Boreal, que logo passará a ser mais visível na Rússia do que no Alaska. Há cem anos, esta constante mudança poderia ser um grande problema para a navegação, atualmente, é apenas um pequeno inconveniente...

Fonte: National Geographic Magazine. Tradução do Freeman

sábado, janeiro 20, 2007

A Tribute to Friendship



This gorgeous New England estate was, until recently, the home of friends. Loved and close friends.
For a fellow-man like me, difficult to swallow - then lonely most of the time - this long time friendship (is turning 39 years old this January) is a milestone. And it has been lived and shared over the time in the three of the five continents of the Earth. Their two lovely and intelligent daughters became my friends too.

In 1970, I got a small book from this friend: “You’re my friend so I brought you this book”, edited and introduced by John Marvin.

Excerpts from this book – my favorites – are my way to celebrate friendship. This friendship and true friendship among people, no matter of what kind…

Enjoy and share with your friends…



What is a friend? A single soul which dwells in two bodies.
Aristotle

I am wealthy in my friends.
Shakespeare

True friendship is a plant of slow growth.
George Washington

Must I travel all the world alone, or will you be my friend?
Christopher Flovio

Don’t talk of friendship, send roses.
Karl Enohpelet

Let the soul be assured that somewhere in the universe, it should rejoin its friend..
Ralph Waldo Emerson

Beware of the friend who has all of the answers but none of the questions.
Voltaire

I do not give lectures or a little charity. When I give, I give myself.
Walt Whitman

People are lonely because they build walls instead of bridges.
Joseph Newton

That son of bitch summer is coming and I need a friend.
Bevins Jay

Quarrel with a friend – and you both are wrong.
Lao-tse

If I cannot be your friend, I suppose I will have to content myself with being your lover.
Rod Macuen

A prudent enemy is preferable to a friend without discretion.
Jean de La Fontaine

Laughter is not a bad beginning for friendship, and it is the best ending for one.
Oscar Wilde

He who gives up a friendship for ambition burns a picture to obtain the ashes.
Arabic Proverb

Friendship is not made by a crisis – it is only revealed by it.
Mark Adams

A friend is a present you give yourself.
Robert Louis Stevenson

He is my friend and he is me.
Abraham Lincoln

My friends are few, but altogether sufficient.
Winston Churchill

If I had one friend, I had a million – but that was 1953.
Jack Kerouac

I love you. Please don’t let that stand in the way of our friendship.
Roy Fitzgerald

War is killing off the friendship of man for man.
Thomas Middleton

The antidote for fifty enemies is one friend.
Aristotle

It is a fine friendship that asks nothing and gets it.
Benson Drew

I like your dog, but I am not sure that will help us to be friends.
Tyrone Power

I get by with a little help from my friends.
John Lennon / Paul McCartney

Friendship? Yes, please.
Charles Dickens


Photo by Freeman

domingo, janeiro 07, 2007

Flores Murchas e Baionetas...







Uma lição da nossa História






Na manhã de 2 de Novembro de 1894, Prudente de Moraes desembarcou no Rio de Janeiro para assumir a presidência da República. Ao descer do trem que o trazia de S.Paulo, ele notou que não havia nenhum membro do governo para recepcioná-lo. Havia apenas um coreto vazio, com flores murchas que haviam enfeitado a estação de trem para receber uma comitiva de generais uruguaios que visitavam o Rio de Janeiro.
Prudente desceu do vagão acompanhado de sua mulher e dos filhos e foi saudado por uma única pessoa, Francisco Glicério, seu amigo e aliado político. Glicério o recebeu com um largo sorriso e uma pequena surpresa: “mandei preparar o almoço no Hotel dos Estrangeiros. Mas você é que pagará a conta” Prudente sorriu e foi caminhando até a porta principal da estação, onde pegou um trole alugado e partiu para o hotel.
A ausência das autoridades governamentais na estação foi proposital. Era um claro sinal de hostilidade política do então presidente Floriano Peixoto para com o seu sucessor. Esses dois homens representavam não apenas duas correntes políticas; eles retratavam visões antagônicas de como o Brasil deveria ser governado. Floriano, alagoano de Ipioca representava a república populista e autoritária. Tinha orgulho de ser o “Marechal de Ferro” e não relutava em usar o seu poder para subjugar os seus opositores, perseguir adversários e impor sua vontade pessoal. Dizia-se republicano, mas detestava a idéia de ver instituições governamentais – como o Congresso e o Judiciário – cumprindo o seu papel constitucional: o de limitar o poder do governo e coibir atos arbitrários dos governantes. Afirmava ser um democrata, mas acreditava que a “boa” democracia era aquela que as instituições legitimassem os atos arbitrários do governo. Os discípulos desta facção gostam de encarnar a imagem de um chefe patriarcal que pune as “elites”, zela pelos pobres e pretendem defender a Nação de inimigos externos – geralmente imaginários – como os países ricos e “imperialistas”.
O paulista Prudente de Moraes personificava a luta dos republicanos históricos para edificar um regime democrático e constitucional. Tinha sido deputado, senador e governador de S. Paulo; presidente da Assembléia Constituinte que promulgou a Constituição de 1891, e foi o primeiro presidente civil eleito na República. Sua luta pela institucionalização da democracia, sua determinação em defender as instituições, sua coragem em denunciar os atos arbitrários do governo e de romper com aqueles que desrespeitavam a Constituição, o transformaram em um perigoso adversário político dos florianistas. Estes, antes da chegada de Prudente ao Rio, confabulavam para tentar impedir o eleito de assumir a presidência da república.
Prudente de Moraes sabia que precisava agir com cautela, durante as duas semanas que antecediam a sua posse.Nomeou um ministério de republicanos moderados para não hostilizar o marechal. Mesmo assim isso não ajudou a diminuir a tensão política. Floriano continuava a hostilizar o presidente eleito. Recusou-se a conceder a audiência que Prudente havia pedido.
No dia da posse, não enviou sequer um carro para buscar Prudente de Moraes no hotel. Na manhã de 15 de Novembro ele tomou café no Hotel dos Estrangeiros, alugou um fiacre em péssimo estado, com um cocheiro mal enjambrado, e foi para o Senado, onde foi investido no cargo presidencial.
Prudente foi muito aplaudido na Senado pelos parlamentares, convidados e populares quando disse que pretendia restaurar a normalidade política. E nas ruas foi recebido calorosamente.
A recepção no Senado e nas ruas contrastava com a frieza no palácio Itamarati, então sede do governo federal. Floriano havia reservado um derradeiro desaforo ao presidente eleito. O marechal inventou uma desculpa e não compareceu à cerimônia, enviou o seu ministro da Justiça, Cassiano do Nascimento, para representá-lo na chegada ao palácio. Prudente se deu conta que o palácio Itamarati estava abandonado. Parecia uma casa mal assombrada, com poeira sobre os móveis, lixo pelos cantos, papéis rasgados pelo chão e, pior que isso, os estofos de alguns móveis que guarneciam os salões, rasgados a ponta de baionetas...
Prudente de Moraes, então, resolveu transformar o desaforo de Floriano em ato público. Mandou abrir as portas do palácio à multidão. Em pouco tempo fervilhavam de gente e de comentários, principalmente em torno das garrafas de cerveja vazias e dos estofos rasgados.
O estado deplorável do palácio do Itamarati e os desaforos do alagoano Floriano refletiram não só o menosprezo do governante para com as coisas públicas, mas o seu verdadeiro caráter.
Não existem estadistas virtuosos que na vida privada sejam imorais, autoritários e corruptos. Essa dissonância é insustentável e, em algum momento, a hipocrisia é revelada. A máscara entre o discurso e a conduta cai e, o político que parecia ser virtuoso, revela a sua verdadeira face.
Os políticos atuais (se lessem um pouco) poderiam aprender com a nossa própria história: caráter, virtudes pessoais e bom governo estão intimamente associados.

O texto original é de Luiz Felipe D’Avila, autor de “os Virtuosos” – estadistas que fundaram a república brasileira. Está editado pelo Freeman.