terça-feira, abril 03, 2007

Abril de 2007, cheiro de Março de 1964.


Pronto, a crise está, verdadeiramente, no ar.
Não me refiro só a crise do setor aéreo, que já dura seis meses, agravada agora pelo episódio de insubordinação dos controladores. Juntou-se a essa uma crise política instalada pela inabilidade do presidente ao desautorizar o comandante da aeronáutica. Deu ao grave problema a dimensão de uma negociação sindical.

Novidade?
Não!
Essa é a forma típica como Lula e os burocratas do Bananão administram o País.
Seus princípios de administração (além do primordial de roubar a Nação) são: descaso, inépcia e achar um culpado!
Esses sábios princípios foram adquiridos durante mais de 25 anos de prática sindical e partidária. Não dá para qualquer um de nós, seres comuns, formados pelos métodos tradicionais (mesmo com doutorado), entendermos. É coisa por demais avançada...
E para quem tem um pouco de memória, recordar as falas de Lula nos episódios cotidianos é simplesmente hilariante, não fossem tão trágicas as suas conseqüências para a Nação e seus cidadãos.
Segundo a jornalista Dora Kramer Lula “administra” os problemas do seu governo sempre da mesma maneira: ausenta-se enquanto é possível; bravateia nos momentos mais delicados; e tranfere ao alheio quando não tem mais jeito.
No restante do tempo, fala, fala, fala, de preferência mudando de assunto, fazendo muita piada, mostrando-se hábil na arte de manipular a platéia e claro,sempre contando com a tolerância infinita do brasileiro.

Os antecedentes.
Essa capacidade administrativa tem antecedentes. Não pensem que veio do nada. Existem casos concretos que comprovam a eficácia dos métodos e da experiência desses mesmos sindicalistas, hoje mamando nas tetas do governo e sabotando as instituições assim como faziam nas empresas.
Um dos mais significativos exemplos vem da administração da Cooperativa dos empregados da Mercedes- Benz do Brasil.
Fundada em 1958/59 e administrada pela própria diretoria da Mercedes, era um modelo de cooperativa: produtos de alta qualidade a preços imbatíveis; os eletrodomésticos podiam ser pagos em até dez vezes, sem juros. Durante muitos anos, beneficiou milhares de pessoas até que no início dos anos 80, após enorme pressão política, a fábrica resolveu transferir a gestão para os sindicalistas de São Bernardo. (Lula foi presidente do sindicato de 78 a 82). Não deu outra, em poucos anos, o que era sólido ruiu. Conseguiram levar a cooperativa à falência. Aos cooperados, deram uma banana! Exatamente como fazem, hoje, com a maioria do povo brasileiro...

Provando do próprio veneno.
O povão analfabeto (que raramente viaja de avião), atual receptor das benesses desse camuflado caudilho populista talvez, por ora, não esteja nem aí para o problema. Mas, a classe média e empresarial, que votou nele, já está sentindo, há algum tempo, o peso da sua própria irresponsabilidade. E Lula, que passou a vida instigando greves, está agora provando também um pouco do próprio veneno.


Quem paga o prejuízo?
O Brasil aéreo está parando por causa da inépcia do governo federal
Estima-se que as operadoras de turismo já perderam R$20 milhões desde o início da crise aérea. A receita do setor caiu 40%. Só nesta última sexta-feira, 30 de Março, de 18 a 20 mil cidadãos, passageiros aéreos, foram forçados a adiar seus compromissos e passar por ENORME desconforto. Quem pagará por isso?
Pior, quanto custa essa tensão nos centros de controle e que certamente afeta a segurança dos vôos? Pilotos e controladores não estão se respeitando mais, segundo executivos das empresas aéreas.
Além de não pagarem os enormes prejuízos que a sociedade contabiliza, tanto o executivo, que é rei em legislar por medidas provisórias, quanto o acéfalo legislativo, há anos prometem uma legislação que regule as greves no setor público. Prometem, mas não fazem.
Parece incrível que atos que põem em risco a sobrevivência, a saúde e a segurança da população sejam tão menosprezados!
Em países medianamente civilizados, atos como esses, praticados por civis ou militares especialmente nas telecomunicações, no transporte de massa, abastecimento de água ou energia, saúde pública são punidos com prisão e pesadas multas.
No Brasil, sempre prevaleceu uma inexplicável complacência com esses grevistas que prejudicam severamente os cidadãos e a economia.


O ultimato e uma verdadeira oposição.
Se não for uma bravata, bem ao estilo tupiniquim, com uma nota em tom de ultimato, datada de 31 de Março, O Clube da Aeronáutica (com apoio do Clube do Exército) exige que o governo devolva em 72 horas ao comando da Força o poder de “administrar” a crise aberta pelos controladores de vôo amotinados e revogue a anunciada e intempestiva decisão de desmilitarização do setor.
Se isso não ocorrer, entrará no STF com denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente para depô-lo por atentar contra a Constituição.

Bem, está aí, quem sabe, o inicio de uma oposição verdadeira a esse governo de ineptos parasitas. A oposição civil do congresso, já vimos, não vale nada. É um zero à esquerda! Só é ativa nos seus interesses corporativistas. Talvez, agora, se sintam motivados a fazer o que já deveriam ter feito há muito tempo, quando ficou evidente, no inicio dos escândalos, para que fim veio essa quadrilha do PT.

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