terça-feira, março 27, 2007

Curtas e Grossas...(difíceis de engolir)



#1 – Anistia incentiva ocupação irregular

A Câmara Municipal de São Paulo (atenção: eu falei SÃO PAULO, não falei Xiririm no sertão do Piauí) aprovou uma lei em 27 de Dezembro último (reparem a data) que isenta do IPTU os moradores (leia-se: invasores) em áreas de preservação ambiental!!! Entre elas está o entorno da represa de Guarapiranga que, por acaso, abastece grande parte da capital paulista...


#2 – Lotes à venda em Guarapiranga: Tratar com o PCC

Não bastasse a calamidade acima, você sabe, miséria pouca é bobagem, o PCC (eu falei: PCC, Primeiro Comando da Capital, não PSDB) assumiu a função de loteador. Terrenos são invadidos e subdivididos; uma singela associação de moradores é formada e quem cobra as mensalidades é o grupo criminoso.
Você já entendeu, não é? Não preciso repetir que as áreas invadidas e loteadas são, além de tudo, de PRESERVAÇÃO AMBIENTAL!
Tá sentindo um gostinho diferente na água?


#3 – Vai piorar

Não só os aeroportos estão mal administrados, pondo em risco a vida e testando a paciência dos cidadãos. (A infraero não tem dinheiro para reaparelhar o essencial, mas financia até o MST.)

Numa escala de 1 a 10, o ensino brasileiro tem nota abaixo de 4, no Índice de Desemvolvimento da Educação Básica, para chegar a 6 (aceitável) levará 15 anos, segundo o ministro Haddad.
E que tal as estradas brasileiras (nisso S. Paulo ainda é privilegiado), estão abaixo da crítica! E o sistema de saúde? E as contas da previdência, então? (coisa que raros brasileiros conhecem)
Você também não está satisfeito? Espere! Vai piorar!
O estado brasileiro SEMPRE foi incompetente. E, a bem da verdade, não é privilégio só do PT...Entretanto, com eles no poder, perdeu a graça. “Nunca antes neste país”...foi tão dramática a incompetência, conseguiram vulgariza-lá ao extremo! Simplesmente banalizaram a imcompetência...


#4 – A verdade NÃO compensa.

Passado um ano da demissão do todo poderoso ministro Palocci, envolvido na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francelino Costa, o Nildo, (e outras grandes maracutaias - só para usar uma das expressões prediletas do Lula - antes de se eleger) o inquérito está parado no STF, aguardando parecer do ministério público...
Enquanto Palocci, hoje deputado federal, com foro privilegiado, lança livro, dá entrevista e faz palestra como celebridade, Nildo perdeu o emprego, a mulher e a tranqüilidade. Desempregado, ele vive o estigma do delator e sobrevive de bicos.
Não é surrealista que ninguém em Brasília queira empregá-lo?
Êta povinho bão...


A pergunta que deixo para cada um responder é: Para que temos o estado e suas instituições? Por que sustentar essa casta de privilegiados incompetentes, se não cumprem minimamente o seu papel?

domingo, março 18, 2007

Estado grande, Nação pobre!


Mais uma vez, está aí, provado!

O estado* (grande) é o maior obstáculo ao crescimento econômico de uma nação.
Novo e recente estudo econômico mostra a relação direta entre o tamanho do gasto público e o ritmo de crescimento econômico dos países, isto é, o aumento da riqueza de suas sociedades.
O estudo do economista Alexandre Marinis com 215 países, e que abrange o período de 1971 a 2005 (artigo de Fernando Dantas, publicado no “Estadão”, de hoje) está baseado em dados estatísticos concretos, conclui pela relação direta entre o inchaço da máquina estatal e a estagnação econômica.

Enquanto a média de expansão do PIB do grupo de governos que gastam até 10% do PIB foi de 4,7%, a média de crescimento do grupo que gasta 30%, ou mais – caso do Brasil – foi de apenas 2,4%!
A análise indica ainda que, para cada 5 pontos porcentuais na participação dos governos nos seus respectivos PIBs, há uma redução média de 0,5% na taxa de crescimento anual das economias.
Para medir o tamanho dos estados* nos diversos países, o economista usou como indicador o consumo do governo que, no Brasil é cerca de 20% enquanto que em países como a Coréia do Sul; China; Chile; Argentina e México está na faixa de 12%!

As despesas do governo no Brasil se multiplicaram por 3 nos últimos 20 anos, passaram de 10,3% do PIB em 1986 para nada menos que 30,2 % em 2005!
Medido pelo consumo do governo, o tamanho do estado dobrou desde meados da década de 80 (10,4% para 19,9%) e foi nesse período quando o indicador saltou de 9,1% (1980) para 16,8% em 1990 que ocorreu a grande freada no ritmo de crescimento brasileiro.
A média anual de 8,8% dos anos 70 despencou para 3% nos anos 80 e 1,8% nos anos 90. Desde 2000 o crescimento recuperou-se para 2,6% mas ainda é muito inferior se comparado com os países cujos governos gastam menos!

A causa determinante da prosperidade das nações está no grau de liberdade e independência de ação do seu povo, e não no gigantismo dos seus governos.
Os caminhos para a prosperidade têm regras muito mais simples do que os discursos enganosos que ouvimos há décadas. Governos não criam nada! Vivem da renda haurida da sociedade produtiva! Quando muito, se eficazes, deveriam prover a infra-estrutura da Nação, facilitar as negociações internacionais e gerir um sistema judiciário ágil.

E as regras da prosperidade são simples: ambiente político e institucional ético e estável, com regras definidas e duradouras. Esta é a melhor receita para atrair investimentos. E são os investimentos em atividades produtivas que geram empregos e criam riqueza! O que os brasileiros precisam é de oportunidade de trabalho e salários decentes, e não de migalhas da dependência política.
O que a sociedade precisa é do aumento da sua renda líquida, o que significa um estado mais enxuto e econômico. Precisa do retorno dos seus tributos pagos, hoje, desviados maciçamente pelos políticos de todos os níveis e pela burocracia incompetente e corruptora.

E viva os liberais que defendem o óbvio: o estado enxuto, restrito as suas funções essenciais.

Defender um estado enxuto, não é simplesmente ser contra a estatização, a burocracia e os monopólios. É ser a favor da eficiência econômica. É ser contra os privilégios de grupos, corporações ou entidades que, à sombra do estado, usurpam os recursos gerados e pertencentes à sociedade produtiva. É ser a favor de um regime que permita maior liberdade aos cidadãos para produzir, investir, contratar, negociar, e consumir, atos naturais da atividade humana, mas que são hoje inibidos por causa da interferência espúria e excessiva do estado jurássico.

E defender a liberdade dos cidadãos é defender a possibilidade de que, com trabalho, cada um construa a sua prosperidade, e não a dos políticos e burocratas parasitas, como tem ocorrido há muitos anos neste país!


* Embora os dicionários recomendem, também não grafarei mais a palavra estado em maiúscula.
Se nação e cidadão não são grafados em maiúscula, por que deveríamos grafar estado?
Cidadãos são a essência da nação e o estado e seus funcionários (permanentes ou temporários) são (ou deveriam ser) apenas mandatários dos cidadãos.
No Brasil atual, isso é simplesmente ridículo, pois o estado, além de não cumprir suas funções elementares, só rouba e espolia a nação e seus cidadãos. Não merece qualquer respeito!


estado: conjunto de instituições que controlam e administram uma nação.

nação: agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros, ainda que não necessariamente com a mesma origem, língua, religião ou raça, respeitam instituições,leis e constituição.

cidadão: indivíduo que, como membro de um nação, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos.

quinta-feira, março 15, 2007

...E já que estamos no tema...


Degustação


Degustar-me não é fácil, amigo,
Há em mim, quase sempre, o sabor enjoado, passado dos limites, de fruta verde que se morde lentamente.
Sob a língua, o amargor destrambelha os sentidos.

Por vezes, ardo.
Os rios do mundo despejados podem aliviar por segundos e volto a queimar.

Se, porém, juntar a fome e a paciência,
banhar tudo com ternuras,
se souber misturar os olhos, /trocar os pés pelas mãos, molhar a palavra em minha boca
e me desnortear
posso ser pêssego maduro
e doçura embriagando o mundo
que havia em torno de nós.


O poema é do encantador blog "Abrindo Janelas"
E a ótima foto do Skylight Verlags

quarta-feira, março 07, 2007

E Deus criou a mulher...























Conta uma lenda que, quando Deus decidiu criar a mulher viu que havia usado quase todos os materiais sólidos no homem, tendo pouco do que dispor...
Após meditar, ELE pegou:
a forma arredondada da Lua,
as suaves curvas das ondas,
a terna aderência das bromélias,
os trêmulos movimentos das folhas,
a nuance delicada das flôres,
o amoroso olhar do cervo,
a alegria do raio do sol e
as gotas dos choros das nuvens.
Misturou isso com a inconstância do vento,
a fidelidade do cão,
a vaidade do pavão,
a suavidade da pena do cisne,
a dureza do diamante,
a doçura do mel,
o ardor do fogo,
a frieza da neve e,
fez a Mulher...



Este é um velho post de Fevereiro de 2006, mas certamente merece ser republicado para o dia internacional da mulher...
texto espanhol de servintegral, traduzido e editado pelo Freeman
foto: Chris Earle

quinta-feira, março 01, 2007

Parasitismo Socialista.

















O PT está moldando boa parte do Brasil à sua imagem e semelhança: um País de desocupados profissionais.

Peço emprestado ao (ótimo) blog “Resistência” o título para este meu post.
Não pretendo repetir aqui as cansativas notícias desse abominável desgoverno petista que traveste descaradamente a compra maciça de consciências, em programas de solidariedade e combate à pobreza.
Lula e seus sindicalistas só sabem fazer, obviamente, o que praticaram a vida toda: viver parasitariamente dos outros. Por isso, só governa para satisfazer os desejos de curto prazo daqueles que o apóiam e, além de não ter a mínima idéia de como desenvolver o país, não tem nenhum compromisso com o futuro da nossa sociedade como um todo.
Exemplos concretos desse cotidiano podem ser vistos aqui e ali.
Não é apenas o aspecto econômico que se encontra desvirtuado e contrário a tudo que o bom senso indica.
É muito mais grave: essa maquiavélica postura política de pseudo-ajuda a parte da população, além de discriminatória, estimula a dependência e “induz a uma desintegração moral e espiritual do cidadão e é fundamentalmente destrutiva da fibra da Nação.” (Roosevelt)

Políticos populistas como Lula, não se interessam em gerar condições para que a sociedade crie os seus mecanismos de auto-suficiência e a geração de riqueza. Investem na miséria, na dependência do Estado, recrutando nas camadas mais carentes da população um exército de estômagos agradecidos... (Carlos A. Montaner)
Na lógica dos demagogos e aspirantes a cargos vitalícios, quanto mais populismo, mais pobres, quanto mais pobres, mais “clientes” para sua base de apoio. Espoliando quem produz, com a transferência sem fim, das “doações” aos carentes. Ao invés de educar e criar condições para o trabalho e a auto-suficiência,amplia-se a base da miséria e da dependência...
E vejam a inversão de valores: essa compra obcena de consciências é apresentada como “solidariedade”, “justiça social”. Na verdade é um grande engodo! Essa “compaixão política é falsa, é uma armadilha, é a ante-sala da guilhotina, onde salva-se temporariamente o estômago, mas perde-se a permanentemente a consciência...
Mas como se opor à doação aos pobres? Então a compaixão não é uma atitude louvável? Depende. A compaixão pode ser terrivelmente destrutiva! Um cocainômano com síndrome de abstinência, alivia sua dor e sua ansiedade com uma dose da droga. Mas se dermos essa dose, tudo que conseguiremos é perpetuar o problema.

É óbvio que um dos principais objetivos de qualquer governo responsável é superar a miséria, elevar o nível de vida do povo a um mínimo aceitável. Mas isso só é conseguido através da educação, de instituições consistentes, da geração de ambientes propícios ao investimento, da competição, de gastos públicos eficientes e reduzidos, etc..
A tragédia é que esta mensagem é muito pouco atraente politicamente...Ela fala de responsabilidades e não de direitos...Acentua a liberdade de construir o próprio destino, com riscos que isso implica e não trás a tranqüilidade passiva de quem espera que lhe tragam tudo de mão beijada...
Os cantos de sereia são sempre mais agradáveis de ouvir, mesmo que eles levem ao desastre...

Se quiser ler mais sobre o tema, leia aqui e aqui também.




O artigo é baseado numa publicação de Montaner, editada pelo Freeman.
A bela pintura é de Raul Colon - Jazz Boat