Aparentemente é muito estranho opor-se a uma reforma do Poder Judiciário no Brasil. Entenda-se por reforma alterações na Constituição e nas leis ordinárias que venham a simplificar o sistema processual e a organização judiciária. Limitando-se a Babel de recursos e as instâncias processuais haveria uma celeridade maior na tramitação dos casos pelos tribunais. Haveria mais segurança jurídica. E, também importante, menos desperdício de dinheiro público. O Judiciário brasileiro é, como diz um velho e sábio professor de Direito, “uma tartaruga dopada em estado de coma”.
Mas a quem não interessa a reforma do Judiciário? Há três categorias de desinteressados: os governantes, os criminosos e os devedores relapsos. Como se sabe, os maiores “clientes” do Judiciário são a União, os estados, os municípios, as autarquias e as empresas públicas. Porque o Estado brasileiro é o maior violador dos direitos de seus cidadãos (até mesmo na Justiça do Trabalho o Estado é réu contumaz!). Com isso, provoca milhões de demandas judiciais. Se acontecer uma bem sucedida reforma do Judiciário, a conseqüência será uma avalanche de condenações contra o Estado. Por exemplo, nos dias de hoje, um contribuinte que tenha recolhido impostos a maior e venha a cobrar de volta o excesso, terá que peregrinar pelos tribunais por, no mínimo, 20 (vinte) anos. Fazendo com que esses processos contra o Estado tramitem mais rapidamente – o que não tem mistério, pois os casos em sua maioria são simples e repetitivos -, mais velozmente ele terá que desembolsar os valores das condenações. Além disso, diante de um Judiciário eficiente, o cidadão-vítima do Estado irá buscar seus direitos com mais freqüência. Ao Presidente da República, aos governadores, prefeitos e presidentes de autarquias e empresas públicas não interessa precipitar tal passivo judicial. Quanto mais lenta andar a Justiça, melhor para eles. A conta gerada pelos disparates administrativos fica assim transferida para o sucessor. Ou, melhor ainda, o cidadão simplesmente desiste de recorrer ao Judiciário e amarga o prejuízo.
Razões semelhantes movem os criminosos. A eles também não interessa um Judiciário célere. Varas criminais entupidas de processos e um sistema recursal arcaico e infindável é a maior garantia para a prescrição. Um bom exemplo de como o atual sistema beneficia os criminosos é o jornalista Pimenta Neves. Homicida confesso, condenado em primeiro grau, ele aguarda o julgamento do recurso em liberdade. Seu processo só entrará na pauta do Tribunal de Justiça em 2013.
Os devedores relapsos (privados) representam a última categoria que têm seus interesses atendidos pelo “status quo”. Para dar um exemplo de como o sistema é caótico, basta citar que uma simples ação de cobrança no estado de São Paulo toma, no mínimo, 10 (dez) anos. O réu, uma vez condenado pelo Tribunal de Justiça a pagar o que deve, pode ainda recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e até mesmo ao Supremo Tribunal Federal. Enquanto os recursos para Brasília não são julgados, o credor tem o direito de iniciar a execução provisória. O devedor relapso pode, entretanto, embargar a execução e agravar contra decisões do juiz da execução. O que era um único processo, uma banal ação de cobrança, então se converte em 5 (cinco) processos diferentes, tramitando simultaneamente em 3 instâncias! É o sonho de qualquer devedor relapso.
Há anos se fala em reforma do Judiciário no Brasil. A exemplo das malfadadas reformas tributária, previdenciária e trabalhista, ela não tem a menor perspectiva de se concretizar. Os malfeitores que têm interesse em manter o “status quo” conseguem se mobilizar com muito mais presteza contra os interesses da sociedade. A atitude dos criminosos e devedores relapsos é até compreensível. Eles estão no seu papel antagônico ao do bem comum. Mas assistir aos governantes opondo-se aos cidadãos, que lhes pagam para servi-los, é de um surrealismo inaceitável. Lamentavelmente, a força dessa trinca continuará a vencer a sociedade. Tanto em relação à reforma do Judiciário, quanto em relação às demais reformas.Notas do Freeman: 1 - Após um mês em "coma político", o Freeman está de volta para azar da quadrilha dos petralhas e dos políticos sanguessugas do Bananão, .2 - O ótimo e didático artigo é de Cândido Prunes, Vice- Presidente do Instituto Liberal.
O Ali-Babá está reeleito.
Com ele 40 mil parasitas, apoiados por 58 milhões de cúmplices.
Esta é a fotografia do Brasil de hoje.
Não adianta reclamar! É o resultado definido por uma maioria que, de fato, não sabe o que faz. E a maior parte desses é analfabeta funcional. Uns vivem da esmola mínima. Outros, na escala média, acomodam-se no emprego público. Os poucos não analfabetos, mas ideologicamente retardados, mamam em grande escala. Todos nas tetas do Estado. Além disso, o que têm em comum é a desfaçatez de ignorar a podridão oficializada. Têm em comum a relatividade moral; a falta de caráter e o oportunismo como lema, pois muito provavelmente fariam a mesma coisa se estivessem no poder.
O presidente reflete, exatamente, o nível da população que o elegeu.
Como escreveu certa vez o jornalista Ronald de Carvalho:
Temos um presidente ignorante e boçal que sensibiliza o povo com a banalidade de suas tolices. (Boçal, mas mestre no populismo!)
O linguajar chulo e o primarismo da sua lógica são cantados como virtude! Glamurizou-se a estupidez. Festeja-se a estultice. E a esquerda obcecada pelo poder e sonhando com a perpetuidade, extorque o Estado.
Os políticos serão melhores quando as pessoas forem mais educadas. Os homens públicos sairão da lama no dia que o povo aprender a tomar banho e a não jogar lixo na rua.
Pobre Brasil!
Há dez dias do segundo turno, as pesquisas indicam uma ampliação da vantagem de Lula sobre Alckmin. Por mais que acreditemos que o resultado possa ainda ser revertido, os números não podem ser desprezados.
Apesar do governador ter sobrepujado o seu oponente no primeiro debate, desde então, parece estar patinando por não conseguir responder adequadamente as medíocres pirotecnias eleitoreras do PT.
A falta de convicção sobre os benefícios da privatização parece ser a principal causa da postura defensiva de Alckmin.
Não é possível que tarimbados profissionais de comunicação não enxerguem isso!
Negar privatizações que não se pretente fazer é o óbvio. Principalmente, durante um confronto ideológico e num país que ainda abriga enorme casta de privilegiados burocratas. Mas, não aproveitar a oportunidade para enfatizar os efetivos benefícios já experimentados pelo Brasil, parece covardia eleitoral, além de extrema burrice.
Afastar o Estado da gestão de empresas pela carência de investimentos; pela administração deficiente e, principalmente, pela eliminação da manipulação política, está mais do que provado que é altamente benéfico para qualquer sociedade. Temos exemplos significativos! Basta ver o que eram e o que são hoje as siderúrgicas privatizadas, a Vale do Rio Doce e o sistema de telefonia, tanto em termos de benefícios ao mercado, quanto em qualidade patrimonial das empresas e dos próprios empregados.
Além disso, não estão sendo devidamente valorizadas as iniciativas históricas como a Lei de Responsabilidade Fiscal, o fim da inflação e, ineditamente, a redução de impostos iniciada por Alckmim em S. Paulo! PSDB e PFL parecem menosprezar tudo isso! A campanha parece, agora, querer tirar leite de pedra do já ultra-explorado dossiê Vedoin. E está eivada de generalidades que só cansam o eleitor.
E...não temos escolha, Alckmin pode não ser o candidato ideal, mas é um milhão de vezes melhor do que Lula.
Para mudar a opinião de eleitores semi-analfabetos ligados ao apedeuta, mesmo que só por singela afinidade de origem, é preciso motivação; paixão; mostrar que além de cabra-macho, pode administrar o Brasil beneficiando a população muito mais que as demagógicas bolsas-esmola! É preciso dizer que essa corja do PT pretende realmente manter e ampliar esse tipo de programa assistencial muito mais para manter os seus "currais eleitorais" do que para ajudar o povo! Ajudar o povo é criar empregos, é diminuir a carga tributária, é por bandido na cadeia, é prover o País de boas estradas, ferrovias e demais obras de infra-estrutura! Parece incrível que Alckmim não explore isso!
Infelizmente, isso parece refletir a falta de convicção do governador.
É verdade que não há partido político liberal no Brasil. Uns poucos membros do PFL são liberais, o resto, como a grande maioria da nossa classe política são oportunistas...O PSDB, então, são ainda socialistas (alguns até arrependidos), outros pseudo-liberais envergonhados ainda influenciados pela maciça e falaciosa propaganda da esquerda. Entretanto, por não serem sindicalistas tacanhos e analfabetos, aprenderam com a História e com a prática que, o que funciona, de verdade, quando se deseja eficácia na administração pública é a aplicação dos conceitos liberais.
Além disso, há outros fatos, mais prosaicos, digamos, que certamente influenciariam o eleitor. Segundo o Joelmir Beting, "em pouco mais de 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens pelo mundo. Ou mais de duas por mês. Sem contar, as até aqui, 286 viagens pelo Brasil. Até dia 06 de junho de 2.006, ele completou 397 dias fora do país, desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 617 dias fora de Brasília. Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: exatos 1.014 dias fora do Palácio, em exatos 1.230 dias de presidência. Equivale a 82,5% do seu mandato fora do seu gabinete. Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto. Governar ou despachar, nem pensar. O presidente não é, e nem nunca foi, chegado ao batente, ao despacho, ao expediente.
Além disso, a enorme evolução do custo da presidencia da república promovida pelo PT. Dados comparativos indicam que o presidente-operário custa muito mais que as principais monarquias do mundo!
O governador está perdendo uma oportunidade histórica e, com ele os brasileiros decentes, de livrar o Brasil dessa quadrilha de sindicalistas imorais e incapazes que poderão arrastar o Brasil para o fundo do poço das nações.
Estamos vivendo um momento político delicadíssimo. A evolução do País conseguida a duras penas está ameaçada pelo projeto petista de poder. A agenda para melhorar o Brasil é um consenso entre grandes cientistas sociais. Vários prêmios Nobel concordam com os pontos essenciais de nossa reforma política e administrativa, único caminho para o País decolar. Mas, os despreparados sindicalistas e ex-comunas ignorantes têm um programa que nos levará a um retrocesso político trágico. Em pouco tempo, podemos ter a volta da inflação, o caos político e uma ruptura institucional - tudo na contramão da História. Eles prometem medidas que nos conduzirão fatalmente ao atrazo, pelo viés burro do socialismo degradado num populismo estatizante: o lulismo. Enquanto isso, os cidadãos que comeram e estudaram, intelectuais e artistas cultos, os que bebem nos bares e lêem jornal ficam quietos. O Brasil está sendo empurrado para o buraco e ninguém se toca? O que vai acontecer com esse populismo-voluntarista-estatizante é obvio, previsível, é 'be-a-bá' em ciência política. 'Sempre foi assim,' - se consolam os cúmplices da pseudo-intelectualidade festiva.
'Nunca antes', um partido montou um esquema secreto de assalto ao Estado, para fundar um 'outro Estado'. O ladrão tradicional roubava em causa própria e se escondia pelos cantos. Os ladrões desse governo roubam de testa erguida, como em uma 'ação revolucionária'. Fingem-se de democratas para sabotar e apodrecer a democracia por dentro.
Lula topa tudo para ser reeleito. Ele usa os bons resultados da conjuntura e as bases da economia, criadas anteriormente, para fingir que governou. Com cínico descaro, ousa dizer que 'estabilizou' a economia, quando o PT tudo fez para acabar com o Real, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra tudo que agora apregoa como atos seus.
Se eleito, as chamadas 'forças populares', que ocupam os 30 mil postos no Estado aparelhado, vão permanecer nas 'boquinhas', através de providências burocráticas de legitimação.
As Agências Reguladoras serão assassinadas. Os sinais estão claros, com várias delas abandonadas e com notícias de que o PMDB já quer diretorias.
O Banco Central perderá qualquer possibilidade de autonomia, como já rosnam os membros do 'Comitê Central' do lulismo. A era da estabilidade será queimada, velho desejo de Dirceu e seus camaradas.
Qualquer privatização será esquecida.
A reforma da Previdência 'não é necessária' - dizem eles -, pois os 'neoliberais exageram muito sobre sua crise', não havendo nenhum 'rombo' no orçamento.
A Lei de Responsabilidade Fiscal será aos poucos desmoralizada por medidas atenuantes.
Os gastos públicos aumentarão pois, como afirmam, 'as despesas de custeio não diminuirão para não prejudicar o funcionamento da máquina pública'. Nossa maior doença - o Estado canceroso - será ignorada.
Voltará a obsessão do 'Controle' sobre a mídia e a cultura, como aconteceu no início do primeiro tempo. Haverá, claro, a obstinada tentativa de desmanchar os escândalos do chamado 'mensalão', desde os dólares na cueca até a morte de Celso Daniel e Toninho do PT, como já insinuam, dizendo que são 'meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...'.
Leis 'chatas' serão ignoradas, como Lula já faz com a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, 'esquecendo-a' de propósito. Quanto ao MST, o governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de 'guarda pretoriana', a vanguarda revolucionária dos 'aiatolás petistas', caso a crise política se agrave. Não duvidem, eles serão os peões de Lula.
Outro dia, no debate, quando o Alckmin contestou Lula ao vivo, ouviu-se um 'ohhhh!....' escandalizado entre eleitores, como se o Alckmin tivesse cometido um sacrilégio. Alckmin apenas atacou a intocabilidade do operário 'puro' e tratou-o como um cidadão como nós, ignorando a aura de 'ungido de Deus' de Lula, que os fanáticos intelectuais lhe pespegaram.
Reagiram como diante de uma heresia, como se Alckmin tivesse negado a virgindade de Nossa Senhora ao lhe perguntar: 'De onde veio o dinheiro?' Agora, sem argumentos diante dos escândalos inegáveis, os lulistas só agem pela Fé.
Lula sempre se disse 'igual' a nós ou ao 'povo', mas sempre do alto de uma 'superioridade' , como se ele estivesse 'fora da política', como se a origem pobre e a ignorância lhe concedessem uma sabedoria maior.
Agressão é o silêncio cínico que ele mantém, desmoralizando as instituições pela defesa obstinada da mentira. Mas, os militantes imaginários que se acham 'amantes do povo' pensam que Lula não precisa dizer a verdade; basta parecer. Alguns até reconhecem os crimes, mas 'mesmo assim', votarão nele. Muitos têm medo de serem chamados de reacionários ou caretas.
Há também os 'latifundiários intelectuais': acadêmicos e pensadores se agarram em seus feudos e não ousam mudá-lo. Uns são benjaminianos, outros marxistas, outros hegelianos, gurus que justificam seus salários e status acadêmico e, por isso, não podem 'esquecer um pouco o que escreveram' para agir. Mudar é trair, para ortodoxos. Ninguém tem peito de admitir a evidência inevitável de que só um 'choque de capitalismo' destruiria nossa paralisia estatal, burocrática e patrimonialista, pois o mito da 'revolução sagrada' é muito forte entre nós. Os intelectuais dissimulados votarão em Lula de novo e dizem que 'sempre foi assim' porque, no duro, eles acham que o lulo-dirceuzismo estava certo sim, e que o PT e sua quadrilha fizeram bem em assaltar o Estado para um 'fim revolucionário'.
Vou guardar este artigo como um registro em cartório.
Não é uma profecia, é o óbvio! É banal, é previsível. Um dia, tirá-lo-ei do bolso e sofrerei a torta vingança de declarar: 'Agora não adianta chorar sobre o chopinho derramado... Eu não disse?...' ?
PS:
1 - Este é um artigo do Jabor, publicado hoje pelo Estadão. Está ligeiramente editado pelo Freeman.
2 - Espero que nem o Jabor, nem nós tenhamos que "sofrer a torta vingança..."
3 - A esperança é a última que morre...apesar dessa oposição de merda e da mediocridade que impera no "Bananão".

De quem será esta mão?
Ôps! Foi ontem, mas não consegui postar... No primeiro aniversário deste blog, o que poderia eu desejar?Talvez, imodestamente, algo como: a irreverência e a mordacidade do blog Resistência, e do blog do Jorge Nobre; a grafia do Sombra4; a combatividade da Star, do Nariz Gelado e do Alerta Brasil; a informação do Reinaldo Azevedo; a beleza poética do Abrindo Janelas; a diversidade eclética do blog da Sabedoria; a personalidade do Verbi Gratia; o companheirismo do blog do Aluizio e do Carl; e last, but not least, só a metade da popularidade do blog da Santa...Além disso, se não for pedir muito, (e me desculpando por não ter citado muitos dos incríveis e criativos blogs que visito) , só desejo a multiplicação das amizades virtuais que esses 365 dias proporcionaram...
E...para o nosso País, a velha e honesta receita liberal...
Mas, para isso temos pela frente:A Tarefa de Isaías
Durante o reinado do rei Uzias, cerca de 740 a.C., o Profeta Isaías foi chamado pelo Senhor para que fizesse uma profecia para o seu povo.
“Diga a eles o que está errado e por quê. E o que lhes acontecerá se não houver uma mudança profunda na sua maneira de agir. Fale francamente. Deixe claro que esta é a última chance. Insista até que eles entendam.”
Compreensivelmente, Isaías ficou apreensivo quando o Senhor acrescentou:
“Devo lhe dizer que isso não adiantará nada. As elites desprezarão as suas advertências, as massas não lhe darão ouvidos e, provavelmente, você terá sorte se conseguir sair disso vivo.”
Quando Isaías perguntou por que deveria se dar ao trabalho de fazer tal profecia, se ninguém lhe daria importância, o Senhor respondeu:
“Existem sempre os Remanescentes que você nem conhece e a respeito de quem você nada sabe. Eles são desorganizados e aparentemente desinteressados. Precisam ser encorajados, porque quando a vaca for para o brejo serão eles que reconstruirão uma nova sociedade e, até que isso ocorra, sua pregação servirá para lhes manter vivo o interesse e a esperança. Sua tarefa é cuidar desses Remanescentes.
Agora saia e dê cabo de sua tarefa!”
Notas do Freeman:
1 - Este epigrama, selecionado para a republicação do meu artigo abaixo, é um fragmento do discurso de Ed Feulner no encerramento da reunião comemorativa do 50º aniversário da Mount Pèlerin Society. Foi extraído de um ensaio de Albert Jay Nock – Isaiah’s Job.É a minha homenagem a todos os Isaías cibernéticos que, incansavelmente, têm procurado difundir informações e opiniões, na difícil tarefa de reconstruir a ética deste país tão espoliada pela classe política.
2 - Para não desmerecer também o epigrama do blog: "Todas as coisas já foram ditas..." o artigo do Freeman foi publicado em 2 de Outubro de 2005. Infelizmente continua muito atual. Leie aqui.
Os desejos da nossa forma de vida formam uma cadeia cujos elos são a esperança.(Lucio Anneo Séneca (55 a.C-39)A foto do amanhecer é do Freeman.
"Eu sou um simpatizante da esquerda por sede de harmonia, de dignidade e de justiça. Mas vejo freqüentemente que é a esquerda que mais ameaça essas coisas que me levaram a me aproximar dela". Caetano Veloso, cantor e compositor.A pérola acima foi citada em recente entrevista ao jornal Folha de São Paulo e posteriormente reproduzida pela revista Veja. Mas, mesmo que reconheçamos a qualidade artística do Caetano Veloso, essa declaração dá o que pensar...
Poucos se dão conta que é graças à propaganda incessante e mentirosa, que a esquerda insiste na pretensão de deter o monopólio da bondade, da justiça, da dignidade, das boas intenções e tudo mais quanto se refere ao altruísmo, ao desprendimento humano. Quem não pensa pela sua cartilha, ou denuncia a imensa farsa, hipocrisia e inveja contida nos seus ideais igualitários, é taxado de insensível, egoísta, injusto e outros qualificativos não menos infames.
A imagem sedutora da esquerda é tão bem trabalhada (principalmente em relação aos mais jovens, que não dispõem de defesas suficientes contra o insidioso veneno da doutrinação), que os mais embevecidos, como o já sexagenário Caetano Veloso, não obstante sintam que há algo de muito errado e pernicioso no seu interior, recusam-se a largá-la, mesmo depois da adolescência.
Não obstante consigam enxergar os fatos irrefutáveis que a realidade lhes revela, preferem permanecer, mercê de uma singular idiossincrasia, ancorados no porto seguro dos discursos de igualdade e fraternidade. Não querem escutar a voz da razão, mas somente aplacar suas consciências, redimir suas culpas. Ser de esquerda, afinal, parece fazê-los sentir bons e magnânimos.
Esses são os idiotas úteis, os soldados rasos do esquerdismo. O lado, digamos, sincero e bem intencionado dos seguidores dessa doutrina corrupta por natureza.
Entretanto, existe um outro lado da moeda. O lado dos mandarins, dos ideólogos da grande congregação, de gente que não merece outra alcunha senão a de pústulas.
Eles são oportunistas e, sobretudo hipócritas, pois não acreditam no que dizem e não vivem de acordo com o que pregam. Sua meta é o poder a qualquer custo e por qualquer meio. Sempre foi assim, desde Rousseau, Marx, Lênin e todos os outros. É só ler atentamente a História. Suas vidas privadas nunca espelharam aquilo que pregavam.
Quantos desses igualitários de fachada, que cultuam o regime de Cuba e bajulam Fidel Castro, estariam dispostos a largar suas espaçosas mansões, ou seus apartamentos, nos países essencialmente capitalistas, para ir viver no “paraíso” da ilha-cárcere?
Lembram-se de Jean-Paul Sartre? Aquele pseudo-filósofo maluquinho do existencialismo, casado com a não menos famosa cortesã, que propagava os modelos stalinista e maoista como perfeitos, mas que nunca deixaram o conforto dos Champs Elisés...Pois é, como eles existem milhares espalhados pelo mundo, divididos em inúmeras categorias. Hoje, vamos nos ater a dois desses espécimes.
O primeiro tipo vive de cargos públicos e detém vastos privilégios trabalhistas ou polpudas aposentadorias. Seu demagógico discurso é sempre em defesa da re-distribuição de renda e o fim das desigualdades sociais. Sua palavra de ordem é Justiça Social, mesmo que não tenha a mínima noção do que é isso! Defende a ampliação do Estado, pois é onde pode tirar maior proveito da sua incapacidade profissional. Malgrado suas mensagens altruístas e benevolentes, um detalhezinho do seu caráter chama a atenção: nunca, mas nunca mesmo, tente mexer com o que ele chama de “direitos adquiridos” (no mundo real chamamos de privilégios imorais), porque eles viram fera: fazem greve, passeata e quebra-quebra ! São capazes de paralisar suas repartições mesmo que essas sejam responsáveis pelas atividades essenciais do país, a custa de prejuízos incalculáveis para a população e, sem que isso lhes cause qualquer constrangimento. Apesar de serem, em tese, servidores públicos, são arrogantes, insensíveis e sobretudo, colocam seus interesses pessoais muito acima dos da sociedade.
Outro exemplar, não menos famoso e hipócrita, é o dos artistas. Também adoram falar de justiça social, igualdade, direitos humanos, etc. São, com raríssimas exceções, a vanguarda do anti-capitalismo, da anti-globalização, da luta contra o demônio neoliberal. No entanto, quando o assunto é direito autoral, plágio ou pirataria eles dão saltos acrobáticos e berram a plenos pulmões em defesa do direito de propriedade. Seus contratos com editoras, gravadoras e produtoras são elaborados por advogados privados do mais alto gabarito e devem ser cumpridos à risca, sob pena de processos indenizatórios milionários. Ao mesmo tempo, se o assunto é a dívida externa “em poder desses capitalistas nojentos”, não pensam duas vezes antes de mandar as regras contratuais às favas e propor o calote. No interior de suas mansões, a camarilha vive permanentemente protegida por seguranças armados até os dentes, mas, via de regra, desfilam pelas ONGs “da Paz” a favor da proibição do comércio de armas e, não vêem qualquer problema em dar apoio às invasões de terras e a outras propriedades privadas (desde que não sejam as suas) pelo MST et caterva. Afinal, como diz o velho ditado: pimenta nos olhos dos outros é refresco.
É claro que há outros espécimes de esquerdistas mal intencionados escondidos por aí. Costumam ser dissimulados, eu sei, mas não é difícil reconhecê-los. Para os iniciantes, aqui vão algumas dicas que os ajudarão a perceber quando estiverem diante de um:
1 - Compare o seu modo de vida com o discurso. Verá que são antagônicos. Normalmente freqüentam a alta burguesia, mas não se consideram parte dela, aliás falam mal dela;
2 - Verifique se existe algum interesse pessoal por trás de suas bandeiras. Por exemplo, donos de polpudas aposentadorias estatais são adeptos da tese de que não existe déficit na Previdência, sendo tudo parte de algum complô para prejudicar os velhinhos. Outro detalhe, jamais justificam a discrepância entre as aposentadorias públicas e privadas...
3 - Preste bastante atenção como reagem em relação ao sucesso alheio. Sendo, via de regra, invejosos, eles dificilmente aceitam que alguém (especialmente se empresário) possa ser bem sucedido honestamente.
4 - Observe que sempre procuram falar do coletivo, embora, no íntimo, sejam narcisistas e individualistas ao extremo.
Em síntese, procure pela hipocrisia, pelo logro e pela inveja e certamente identificará a fauna esquerdista.
Nota: o artigo original é do João Luiz Mauad, publicado pelo Mídia Sem Máscara em 25/9/06. Esta versão foi editada pelo Freeman. A foto é do farsante mór, inspirador da esquerda hipócrita.
Remember:
Life is not measured by the number of breaths we take, but by the moments that take our breath away.PS: A frase é atribuida a George Carlin, comediante do anos 70 e 80.A foto é do Freeman, da série "Um Lago no Céu".
"O PT chafurda na lama"– é o título do editorial, do jornal “O Estado de S. Paulo”...
A “Folha” publica: "Desmandos Sem Fim", onde resume: “A velocidade com que os escândalos se repetem na política é razão direta da impunidade reinante. O Congresso absolveu os mensaleiros; o PT se esquivou da depuração interna e abençoou os rebentos do valerioduto; Lula fechou-se na posição de quem ignora o que se passa no gabinete ao lado. Vista sob esse ângulo, a desfaçatez dos que ainda ousam carregar malas de dinheiro sujo para comprar delações é só rotina - uma rotina que, se não for extirpada pelas instituições republicanas, vai lançar à vala comum a própria democracia.”
- Que instituições republicanas? Pergunto eu e certamente milhões de brasileiros indignados!
Indignados, mas impotentes, desguarnecidos de qualquer instrumento de reação civilizada!
- Ah! Resta-nos o Judiciário, pensamos...
- Mas onde está o Poder Judiciário?
Como é possível um poder da república omitir-se diante de tanta imundice; diante de tanta desfaçatez?
Já escrevi e vou repetir aqui.
O que se pode esperar da Justiça, no Brasil?
Quanto tempo mais o País terá que aguardar para que a Lei seja aplicada isonomicamente, a todos, inclusive aos membros desses mesmos poderes republicanos?
Será que o Judiciário não entende a importância de uma justiça célere? Que é a ultima Instituição antes da barbárie?
Será que não entende que a cada ato eficaz de justiça, produz-se outro de igual valor, o pedagógico, ou seja: ao julgar delitos em prazos razoavelmente próximos de suas ocorrências, o Judiciário sinaliza à sociedade o caminho em relação à lei e à ordem.
São tantos os recursos protelatórios cabíveis no nosso formalismo jurídico que se podem postergar decisões até que todos esqueçam!
Portanto, podemos afirmar que as omissões e a morosidade do Judiciário, são incentivadores da impunidade, e da quebra moral, no verdadeiro sentido de justiça!
E não é, justamente, a primeira obrigação do Direito alicerçar-se na concordância da lei moral?
Não é ainda, o bem da comunidade a essência para definição da lei?
Quantas vezes preceitos constitucionais são desrespeitados, distorcidos ou simplesmente ignorados quando a vontade política dos dirigentes do Estado se sobrepõe aos da sociedade?
Segundo Montesquieu, o que caracteriza a Democracia é o “espírito” das Leis! É a crença de que prevaleçam os valores fundamentais do homem civilizado. Entre eles, a Liberdade; a Verdade; a Decência...
Na lista dos nossos questionamentos, gostaríamos de lembrar aos digníssimos magistrados (e legisladores) que a essência que define a ordem jurídica de uma Nação é a expressão da vontade coletiva da sua Sociedade.
Serão todos esses abusos, crimes e falcatruas cometidos pelos ocupantes do Executivo e do Legislativo a “expressão da vontade coletiva da sociedade?”
Ora, senhores membros dos tribunais superiores, chega de desculpas! O ministério público federal, e o de outras instancias, vêm acusando formalmente, há anos, inúmeros integrantes dos poderes públicos, mas nada acontece!
Será que o corporativismo entre os poderes e a troca deslavada de favores não cessará neste país?
Será que não romperemos com os ritos, e os formalismos processuais absurdos, sempre embebidos no labirinto das condescendências, das procrastinações?
Será que não veceremos a triste pecha de que o Judiciário foi feito para os réus, para os contraventores da lei? E que temos, na verdade, é um país onde crime e castigo guardam uma relação apenas acidental, o que leva, obviamente, os criminosos a se tornarem cada vez mais auto-confiantes e os cidadãos desnorteados e ao desalento.
É chegada a hora do Poder Judiciário manifestar-se formalmente! Se apressar em responder aos anseios da sociedade, antes que seja tarde!
A História passará a registrar não só a ineficácia da Justiça brasileira, como também a responsabilizará por não cumprir o seu papel maior de defender a integridade das Instituições e de proteger a própria Democracia.Nota do Freeman: Parte deste texto já foi publicado aqui no blog em Novembro de 2005, sob o título: Perguntas ao Judiciário.