quarta-feira, setembro 17, 2008

A crise financeira e o besteirol da esquerda.



A decisão do Tesouro Americano de socorrer com US$ 200 bilhões as duas agências de crédito imobiliário para evitar uma quebradeira geral ou, como se dizia aqui no Brasil, para evitar um risco sistêmico, foi o bastante para que vários sobreviventes tupiniquins das teorias estatizantes, ligados a política econômica do pais, passassem a trombetear o fim do ”neoliberalismo”.
O alegre festival de asneiras parece ter sido liderado pela sempre beligerante energúmena- mór, a professora Maria da Conceição Tavares: "É fantástico o país mais liberal do mundo ter de estatizar. Enterraram o neoliberalismo de maneira trágica", teria ela dito, segundo o jornal O Globo. "O nosso Proer foi mais baratinho.
Sua sumidade, a ministra-guerrilheira Dilma Rousseff, também pavoneou o fim do neoliberalismo. Do fundo do seu baú de sabedoria sobre todas as coisas, inclusive economia, sacou tesouros definidores: "O neoliberalismo é uma política para os países em desenvolvimento. Essa história de neoliberalismo valia para nós e somente para nós. No mundo capitalista, desenvolvido, jamais houve isso."
Também o sempre confuso e prolixo ex-ministro , Bresser Pereira, acredita que a ajuda oficial americana "decreta o fim do neoliberalismo (...) essa ideologia dominante nos últimos 30 anos". E mais: que "é fundamental uma intervenção do Estado para complementar e corrigir os mercados".
Bem, na visão dessa gente, parece que houve um suposto funeral da doutrina econômica apelidada, por eles, de neoliberalismo.
Apelidada, porque neoliberalismo não é doutrina. A doutrina que de fato existe é o liberalismo, que não tem nada de "neo" e cujo fundamento, em resumo, é que, quanto menos governo na vida das pessoas, melhor. O neo foi incluído na palavra pelos orelhudos do PT, quando na oposição, com o objetivo de melhor combater o capitalismo, ao qual, diga-se de passagem, aderiu alegremente desde que se tornou governo e, inovando, oficializou a corrupção como norma do seu sistema de governo...
As respostas:
De fato. O que predomina no mundo desenvolvido é, em pequena dose, o liberalismo. O mercado não é perfeito, nunca foi, como relatam as recentes crônicas da cruel exploração do homem pelo homem nos países capitalistas. Mas foi assim que esses países se desenvolveram e criaram um nível de vida inigualável para suas populações. E é oportuno lembrar que os Estados Unidos, sozinhos, representam, ainda hoje, mais de 25% da economia mundial, mesmo após o vertiginoso crescimento, nos últimos dez anos, de muitos países, entre eles a China.
Já nos países onde se implantou a exploração do homem pelos governantes, a pretexto de impedir que alguns homens explorassem outros homens, o desenvolvimento não foi e nem tem sido tão auspicioso assim. No Brasil, particularmente, o que mais se tem desenvolvido é o próprio governo, sua arrecadação e a riqueza pessoal dos políticos, a despeito das penúrias que o povo continua agüentando.
À Bresser Pereira, particularmente, mas não exclusivamente, a resposta a sua afirmação: "é fundamental uma intervenção do Estado para complementar e corrigir os mercados". Sim, talvez. Principalmente intervenções como aquela de 1987, quando ele mudou o indicador da correção das cadernetas de poupança, prejudicando cerca de 80 milhões de cidadãos que até maio do ano passado, 20 anos depois, tentavam se ressarcir à custa de um dos grandes esqueletos das contas nacionais.
Aliás, TODOS os planos “heterodoxos” de suas sumidades intervencionistas estatizantes, sempre tiveram como objetivo primeiro, “garfar”, ludibriar, extorquir os cidadãos e as empresas em suas poupanças, direitos e patrimônios, a fim de compensar a absurda inflação criada pelos governantes, através da incompetência, do desperdício e descontrole dos gastos públicos.
Outra campeã do intervencionismo estatal, a ex-ministra Zélia Cardoso de Melo, dizia que não tem nenhuma saudade de ter sido ministra da Fazenda. Uma pesquisa ampla talvez possa revelar que ninguém tem...saudade dela ter sido ministra! Mas foi interessante ela ter dito que "é muito mais fácil ser ministro da Fazenda agora do que em minha época". Por que será? Talvez porque os "neoliberais" puseram ordem no caos deixado pelos intervencionistas com seus vários planos , desde o “Cruzado I”...


O artigo original, significativamente alterado pelo Freeman, é do jornalista Marco Antonio Rocha.

Um comentário:

Saramar disse...

É isso!
Os macaquinhos-papagaios repetem seus mantras, ignorando toda a história (como lhes convém)e fingem ter esquecido o fracasso do comunismo em todo lugar onde este se instalou.