quinta-feira, fevereiro 11, 2010

O golpe do Lulo-Petismo!




Como é próprio de governantes desonestos (e pretensos golpistas), Lula e vários de seus ministros assinaram, "na moita", nos últimos dias de Dezembro, e sem qualquer dos costumeiros estardalhaços de auto-promoção, um projeto de lei que, se aprovado, prepara o caminho político para a instituir, digamos, "legalmente" um regime totalitário comunista no Brasil. É o malfadado decreto denominado: “Programa Nacional de Direitos Humanos”.

Quem se dispuser a ler o absurdo e enganoso
documento (repleto de eufemismos e de "democratismos"), verá que ele é puramente autoritário, dando aos governantes o controle essencial da vida da sociedade. Como bem comentou o Reinaldo Azevedo: "O decreto tem todas as características da ação solerte e traiçoeira. Foi redigido para enganar o povo, para burlar as regras do estado democrático. Está cheio de cartas na manga, malandragens e vigarices intelectuais". É o golpe lulista.

Para tentar manter a aparência democrática, e enganar os incautos, pouco afeitos as essências ideológicas, o pretensioso documento está repleto de expressões como: "democracia participativa", "conselhos de direitos humanos", "conselhos ambientais", "conselhos populares". O engano é imenso, pois a aparência é uma e a sua intenção é bem outra. A papelada é de uma sandice inigualável, como afirmou o jurista Ives Gandra Martins. E é de um mau caratismo próprio dos esquerdistas, pois sabedores que o povo é ignorante mas não é pró-comunismo, pretendem vender gato por lebre. Aliás, segundo as estatísticas do TSE, mais de 70% dos eleitores brasileiros são considerados analfabetos funcionais politicamente.

A estratégia dos mentores desse “Plano” - certamente os intelectualóides uspianos que dirigem o Foro de São Paulo - é simplesmente seguir os ensinamentos de Gramsci, auxiliados pela já vasta e “aparelhada” “nomenklatura” governamental.

Quem não está familiarizado com as ideologias políticas, por certo estará perguntando: Quem foi Gramsci e qual sua relação com o comunismo brasileiro?

Antonio Gramsci (1891-1937), pensador e político foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 1921, e o primeiro teórico marxista a defender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos, capitaneados por Vladimir Illitch Ulianov Lênin (1870-1924) e seguido por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953).

Durante sua prisão na Itália de 1926 até 1935, escreveu textos sobre o comunismo os quais começaram a ser publicados por partes na década de 30, e integralmente em 1975, sob o título “Cadernos do Cárcere”. Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coréia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos.

Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a idéia revolucionária.

A estratégia é utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas que sejam docilmente aceitas pelo povo, enganando consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, a priori, representam a grande maioria da população, de modo que, entorpecidos pelo melífluo discurso “democrático”, as consciências já não mais percebam o engodo em que estão sendo envolvidas.

A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de “ditadura do proletariado” por “hegemonia do proletariado” e “ocupação de espaços”. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser primeiramente, político e intelectual.

A doutora Marli Nogueira, juíza do trabalho em Brasília, e estudiosa do assunto, nos dá a seguinte explicação sobre “hegemonia”:

“A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela ´análise da situação´, de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isto deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo ´intelectual coletivo´ (o partido), que as dissemina pelos ´intelectuais orgânicos´ (ou formadores de opinião), sendo estes constituídos, na verdade, de intelectualóides de toda sorte, como professores (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides).

Quanto à “ocupação de espaços”, pode ser claramente vislumbrada pela nomeação de mais de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro, cujos detentores desses cargos, militantes congênitos, têm a missão de fazer a acontecer a “hegemonia”.

Retornando a Gramsci e segundo ele, os principais objetivos de luta pela mudança são conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica (escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social, artistas, sindicatos etc.), uma vez que, os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis. O proletariado precisa transformar-se em força cultural e política, dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês.

Gramsci abandonou a tese marxista de que uma crise catastrófica permitiria uma bem sucedida intervenção revolucionária. Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução. E é exatamente isto que está acontecendo no presente momento aqui no Brasil: A preparação ideológica. Só não enxerga quem não quer.

Segundo a doutora Marli Nogueira:“Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava ´superação do senso-comum´, que outra coisa não é senão a hegemonia de pensamento. Grande parte do povo passa a repetir, impensadamente, as opiniões da propaganda governamental, já prontas do sutil ideário comunista. E quando chegar a hora, aceitarão também qualquer medida que os leve a esse rumo, seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada, seja ela o fim da democracia (mesmo defeituosa) como vivemos.

Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade. Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade. Sem essa prévia “revolução do espírito”, toda e qualquer tentativa comunista seria passageira.

Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como “um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada no plano “intelectual”. Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletariados de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mão Tse Tung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação, buscando, por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores da ideologia comunista.

Fidel Castro, com certeza, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin. Seus discípulos Lula, Morales, Kirchner, Vasquez e Zapatero, estão aplicando, com sucesso, as teses do “Caderno do Cárcere”, de Antônio Gramsci. Chávez, o troglodita venezuelano, optou pelo poder força bruta e fraudes eleitorais. No Brasil, por via das dúvidas, mantêm-se ativo e de prontidão o MST e a Via Campesina, como salvaguarda, caso tenham que optar pela revolução cruenta que é a estratégia leninista.

Todos os valores que aprendemos com a civilização ocidental vêm sendo sistematicamente destruídos ou deturpados, sob o olhar complacente dos brasileiros, os quais, por uma inocência pueril, seja pelo resultado da proposital ideologização do ensino, seja por ignorância dos reais intentos das esquerdas, nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade é que está posta em jogo.

Perdidos esses valores, não sobra sequer espaço para a indignação que, em outros tempos, brotaria, instantaneamente, do conhecimento desses escancarado ambiente de corrupção, ampliado em todos os níveis do Estado e de projetos de lei discriminatórios ou como este último absurdo...

A verdade é que os velhos métodos para implantação do socialismo-comunismo foram definitivamente sepultados. Um novo, sutil e traiçoeiro método vêm sendo adotado, cuja amplitude não é percebida pela grande maioria do povo brasileiro.

Grande parte deste artigo é de Anatoli Oliynik, está modificado e editado pelo Freeman.

2 comentários:

Aluizio Amorim disse...

Muito bom, meu caro Freeman.
Cordial abraço do
aluizio amorim

Saramar disse...

Por onde anda você, como diria o Vinícius de Moraes?

beijos