segunda-feira, agosto 24, 2009

Até quando vamos tolerar isso?


Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata! O motorista lotado no Senado e a serviço da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ganha R$12.000,00 por mês. Quantos empresários no Brasil, que criam empregos e pagam muitos impostos têm essa retirada? Pouquíssimos!

Um ascensorista da Câmara ganha mais para apertar os botões nos elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea para pilotar um jato Mirage.

Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.

Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é para justificar o salário, ganha o dobro de um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.

Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone", ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.

Há alguma razão para que a Câmara Federal tenha 40 funcionários por deputado? E o Senado, 135? Sendo que desses 350 ganham acima do teto constitucional de R$24.500,00. E todos se aposentarão com proventos integrais!

Ainda, deputados e outros burocratas do serviço público se aposentam com oito anos de tempo de serviço? (se é que podemos chamar aquilo "serviço" - desserviço seria bem mais apropriado) Enquanto nós do setor privado conseguimos fazê-lo após 35 anos de trabalho e contribuições comprovadas recebendo uma fração do nosso último salário?

Não é simplesmente um escárnio contra a sociedade produtiva? Não é uma verdadeira zombaria contra o povo desta Nação?

Será que os principais dirigentes dessas instituições públicas não têm um mínimo de vergonha? Como será que eles educam seus filhos? Como podem dormir à noite?

Por suas atitudes contumazes, suas respostas são opostas aos nossos princípios e revelam a total sem-cerimônia do uso privado dos bens públicos.

Até quando vamos tolerar isso?


as comparações de salário foram publicadas no site do Instituto Federalista.

quarta-feira, agosto 19, 2009

O verdadeiro desafio brasileiro.



Apesar de espasmos de indignação, a sociedade brasileira parece resignada com a classe política. Realmente, com os revoltantes e infindáveis exemplos de corrupção e de falta de probidade no trato da coisa pública, muito pouco podemos esperar dela.

Esta resignação vêm em decorrência de uma profunda frustração experimentada, em maior ou menor grau, por todos aquêles que tem alguma noção da história política deste País.

Sabemos que a crônica que habita as cabeças da maioria dos nossos representantes provem da deformação moral vigente no ambiente político-partidário e do desconhecimento absoluto de suas atribuições como mandatários do povo. No Brasil, ser político tornou-se simples sinônimo de ascender socialmente, sem esforço.

Dos mais pobres municípios, às ricas capitais, as matilhas de Ali-Babás oficiais dilaceram os recursos públicos. Os jornais denunciam, as CPis fingem investigar, o Judiciário entorpecido não se move, e nada acontece !

Com o governo Lula, então, institucionalizou-se a corrupção e os desvios de conduta. Além disso, a desfaçatez aliou-se a incompetência em todos os níveis de governo.

O resultado não pode ser outro: nãoretorno dos impostos que beneficiem a sociedade como um todo, a não ser, aos 12 milhões de “bolsistas” comprados pelo presidente da república, para garantir seu curral eleitoral. Este é o triste resultado da simbiose entre as velhas oligarquias patrimonialistas e a “nova classeascendente: os sindicalistas parasitas.

Pior, é a falência moral e o descrédito nos homens públicos - lastro vital nas democracias representativas - e foram a grande esperança nesta chamada "Nova" República. Na verdade, eleitos para restaurar a dignidade, a descência, e o exemplo moralizador, após o autoritarismo do longo período das fardas, transformaram os “anos de chumboemanos de lixo”.

E, isso tudo porque temos uma imensa platéia inculta, desinformada do essencial, e por esta razão, incapaz de reagir a esse trágico espetáculo. Este é o nosso calcanhar de Aquiles, como Nação!

Democracias plenas e verdadeiras, presupoem participação efetiva e consciente de parte substantiva de suas populações.

Então, o que fazer ? Como poderemos sair desta situação? De que forma poderemos solucionar nossos problemas, para que deixemos de ser espoliados pela classe política e consequentemente deixar de ser o eterno País do futuro?

Na verdade, existem três coisas a serem feitas, se quizermos transformar este País numa Nação verdadeiramente próspera, livre e civilizada :

  1. Reduzir o Governo;
  2. Promover Justiça;
  3. Educar o povo.

Não necessariamente nessa ordem.

- Sómente com uma efetiva redução do tamanho do Estado, e com a limitação de suas atividades é que a sociedade terá chance de ser livre, e criar a sua própria prosperidade.

O discurso demagógico sobre o Estado paternalista e provedor, evaporou-se pela realidade dos fatos e é defendido pelos que vivem de sugar os recursos públicos.

É preciso que nos tornemos meio e fim : auto-propulsores, gestores e beneficiários do nosso próprio esforço e do nosso destino. Caso contrário, continuaremos no absurdo em que temos vivido: sugados pelos políticos desse gigantesco Estado corruptor e incompetente !

- Promover a Justiça : além de ser uma das poucas, mas imprecindível e inalienável obrigação do Estado, é a única forma civilizada de criar ordem e respeito à lei, punindo os responsáveis por arbitrariedades ou desvio de conduta, sejam do próprio Estado, de indivíduos, ou do poder econômico.

- E educar o povo: não simplesmente dando instrução elementar e tecnica, mas criando condições para que, com o pluralismo de idéias e experiências, se propicie o desenvolvimento do discernimento das pessoas. Estas, se incentivadas pelo exemplo de lisura e seriedade na gestão pública, além do sentimento da presença da Justiça, concorrerão para a conscientização das responsabilidades individuais e para o aprimoramento do povo como Nação !

Entretanto, o que fazer parece-nos uma tarefa mais simples do que: como fazer!

Sim, porque vivemos um círculo vicioso: eleitores analfabetos funcionalmente, sem interesse pelo essencial da vida da Nação, elegem as mesmas velhas raposas, ou novos populistas demagogos que, por não sofrerem qualquer cobrança, passam o mandato iludindo a todos!

Desde a época de Getúlio que o pensamento de Maquiavel é, provavelmente, a cartilha dos políticos, por isso, o ensino vem se deteriorando dramáticamente. Aboliram-se as verdadeiras escolas. Onde se ensinava o respeito, a diciplina, o estímulo ao trabalho e a moral, hoje, trocou-se pelo enganoso paternalismo das bolsas, pelas cotas, pelo exemplo do parasitismo dos cargos públicos, pelo vício e pela mediocridade. Prostituiram as universidades, e o resultado está : estamos sendo nivelados cada vez mais por baixo.

O que interessa , hoje, é a novela das oito, é o resultado da loteca e o futebol !

-Sobre os princípios básicos de uma verdadeira democracia? Ninguém sabe, pouco interessa.

-Sobre a efetiva separação e a limitação dos poderes do Estado? Qual o que.

-Sobre a proporcionalidade dos representantes e o voto distrital? Quem quer saber?

-Escrever ao seu vereador, congressista ou governante, exigindo dele uma conduta descente? Tá brincando?...Nem me lembro em quem votei...

está portanto, o nosso dilema. O que fazer, sabemos! Basta olharmos com atenção para o exemplo de países prosperos, livres e civilizados!

Como fazer? Bem ... esta é uma tarefa para um povo inteiro com muita vontade de ser próspero, livre e civilizado.

Este é o verdadeiro desafio brasileiro!