domingo, julho 19, 2009

"Nóis" e o Brasil de hoje.



No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas a sua ideologia, a sua cor, a sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal.

Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado de coisas que devemos gritar.

O "nóis" descrito aqui não é apenas a primeira pessoa do plural. Não é o termo que desígna um grupo de pessoas unidas pelo mesmo ideal, o mesmo objetivo. O "nóis" usado aqui não é aquele curioso jeito de falar do matuto, inocente e representativo de uma cultura.
É o resultado de um longo processo de incompetência educacional, indigência cultural e desfaçatez política. Escapa dos domínios do informal para invadir o formal. Traz consigo atitudes, valores e convicções rasas. Abriga o pior do popular. É aquele que vulgariza, diminui e empobrece. É o "nois"transformado em ferramenta ideológica, em ícone de luta de classes, em padrão de dignidade. Não é o "nóis" humilde. É o "nóis" burro. O "nóis" que revela a verdadeira miséria do Brasil: a intelectual.

Esta é a mensagem resumida do livro "Nóis... qui invertemo as coisa" da Editora Anadarco e de autoria de Luciano Pires.
Ainda não lí o livro, mas só pelo resumo resolvi promovê-lo. Neste país onde os quadrúpedes estão dominando a cena política, nada mais justo que enaltecer as resistências. É uma questão de sobrevivência dos que acreditam na meritocracia, dos que acreditam e lutam por um país decente. É preciso varrer essa ralé de analfabetos e parasitas para onde eles pertencem: o esgoto.

sábado, julho 18, 2009

O que é, o que é?




se gradear vira zoológico,
se murar vira presídio,
se colocar uma lona em cima vira circo,
se colocar lanternas vermelhas vira prostíbulo,
se der descarga não sobra ninguém...
Seria engaçado se não fosse tão trágico...