sábado, dezembro 20, 2008

Pequenas regras para a vida.


Nesta época que antecede o Natal e o início do Ano Novo, quase sempre viramos “anjos”.
Bom seria se conseguíssemos manter os, geralmente, abençoados propósitos que mentalizamos nesta época do ano.
Invariavelmente, lembro-me de Robert Fulghum, que escreveu, há vinte anos, um singelo livro cujo título era: “Most of what I really need to know about how to live and what to do and how to be I learned in kindergarten.” Que pode ser traduzido como: “ A maior parte das coisas, realmente importantes, para saber viver e se comportar, eu aprendi na escola maternal”

Estas simples regras, que fariam do Mundo um lugar bem melhor para se viver, são:

Sempre que possível, partilhe com o próximo.
Jogue honestamente.
*Não machuque as pessoas.
Ponha as coisas de volta onde as achou.
Arrume a sua própria bagunça.
Não pegue coisas que não são suas.
*Peça desculpas quando magoar alguém.
Viva com equilíbrio: nunca pense que já sabe tudo, mantenha-se aberto para aprender; medite, desenhe ou pinte, cante e dance, de vez em quando; divirta-se e trabalhe todos os dias.
Tire uma soneca, quando possível.
Ao sair, mantenha-se atento ao trânsito, dê a mão e, mantenha-se junto se estiver com alguém.
Seja discreto.

(* Eu substituiria as duas frases marcadas acima por):
E, principalmente, trate as pessoas como gostaria de ser tratado...
Feliz Natal!

domingo, dezembro 07, 2008

A diplomacia dos bobalhões.



Vejam os resultados da diplomacia brasileira, deste fabuloso governo da elite sindical do país.
Estamos diante de um calote dos governos do Equador, Venezuela, Bolívia e Paraguai.
O Brasil fez da concessão de empréstimos pelo BNDES a ferramenta para uma suposta integração da região. Fez porque sindicalistas analfabetos (e seus assessores) não conseguem distinguir o mundo real, do mundo das fantasias ideológicas das suas pretensões políticas. Com isso, não reconheceu a fragilidade dessa construção diplomática baseada numa virtual identidade com governos populistas que, agora, revelam como vêem o Brasil: “o império do Sul”.

A reação do Itamaraty a toda uma série de atitudes inamistosas e desafiadoras, demorou. A diplomacia oficial só começou a abandonar o tom morno e conciliatório, como resposta aos desaforos dos vizinhos, quando o presidente do Equador expulsou a Construtora Odebrecht.
Ao lado do Equador, os governos dos hermanos da Venezuela, Bolívia e Paraguai, estão igualmente empenhados em realizar auditorias da dívida externa para contestar as parcelas que eles consideram “ilegítimas”.
Obviamente, não há nenhuma surpresa no rumo tomado por esses governantes populistas. Ao enviar tropas para ocupar as instalações da Petrobrás em 2006, o presidente boliviano, outra sumidade continental, sinalizava o que veria a seguir... Ao anunciar a auditoria da dívida externa, o novo presidente do Paraguai segue o mesmo curso, embora o seu objetivo maior é tentar mudar o acordo de Itaipu. Já o fanfarrão, Hugo Chaves, deu uma resposta vaga a indagação do Itamaraty sobre uma eventual revisão da dívida externa venezuelana.

Em toda essa história, o único dado realmente espantoso é a contínua sucessão de erros da diplomacia brasileira. Ninguém esperava grande coisa de uma política externa influenciada pelos experts internacionais do presidente Lula, mas até as previsões mais pessimistas foram superadas!
A escolha de uma grotesca política terceiro-mundista era previsível, mas a insistência nos erros e a extensão das tolices foram muito além da imaginação.

Nenhum dos “aliados estratégicos” escolhidos pelo senhor Lula da Silva, no seu projeto megalópico de liderar o Sul contra o Norte, dedicou ao Brasil a mínima reciprocidade em termos de atenções diplomáticas ou comerciais. Nem os nossos supostos colegas do BRIC, nem nossos vizinhos sul-americanos. Aqui, aliás, com os hermanos, o governo brasileiro decidiu, em nome de uma liderança regional puramente fantasiosa, engolir todos os desaforos e conceder a todos os parceiros os maiores benefícios em quaisquer entendimentos comerciais. Aceitou, por exemplo o protecionismo argentino e além disso, induziu o empresariado nacional a se acomodar as barreiras impostas pela pior dupla de populistas que o pais vizinho já teve: os Kichners.

Este fantástico governo de sindicalistas confunde parceria e cooperação com passividade em face das imposições mais descabidas. E a defesa dos legítimos interesses nacionais foi substituída pelo apoio a governos socialistas e populistas (verdadeiro espelho das intenções do governante brasileiro) cuja consolidação, na visão da diplomacia lulista, beneficiaria o Brasil. O resultado? Está aí: é a aliança dos hermanos contra o Brasil, a “potência colonial”.
Em outros tempos, é bom recordar, qualquer atitude vagamente semelhante seria taxada de "entreguista" pela fauna socialista tupiniquim.

Enfim, não é fácil escolher a obra prima das tolices cometidas pela diplomacia petista desde Janeiro de 2003 , mas o ditado popular: “Cada macaco no seu galho” encerra uma ampla e vigorosa verdade que os cidadãos devem lembrar a cada eleição.
O artigo está baseado no editorial do Estadão: "Diplomacia desastrada"