quarta-feira, dezembro 03, 2014

Can the productive Brazil survive?





















  • 39 inoperative federal government ministries...
 
  • Tens of absurd taxes...

  • Hundreds of unnecessary bureaucratic institutions and offices...

  • Thousands of irrational norms...

  • 20 thousand political positions “of trust”...

  • 6,28 million public officers...

  • 3 thousand (of the 5.5 thousand ) Brazilian municipalities without financial autonomy...

Where all this will lead us?

Want more?
A slight example of what Brazilian bureaucracy is capable of:
In July, the Union’s Official Gazette published the nomination of a public officer of the Ministry of Micro and Small Businesses to serve as: “coordinator of General-Coordination of Registration Services of the Department of Business Registry and Integration of the Secretary of Rationalization and Simplification.”   Truly, there are no limits to ridiculousness. 

In a recent article, Maílson da Nobrega, ex-Ministry of Finance, recalled, with reason, the need to reduce gigantic transactions costs related to the labor, taxes and the environmental areas.
In a very didactic manner, he mentioned economists Ronald Coase and Douglas North, as well as John Wallis (1991 and 1993 Nobel Prize winners), mainly for their virtuous contributions stating that: when heavy, such costs strongly inhibit economic growth.
These economists investigated and demonstrated that transaction costs represent more than 50% of the American GDP (imagine in Brazil!). Therefore, building institutions to reduce transaction costs is essential to gain productivity and expand the economy (something that no politician seems to know).
Transaction costs transcend bureaucracy.
In the past decades, the Brazilian tax system very likely turned into the greatest cause of an increase in transaction costs. The taxation madhouse created by irresponsible policies and bureaucrats greedy for power has no comparative in any other country.  The process of filling out documents, writing up books and reporting information – even digitally – generates, beside their own costs, an enormous expenditure in various other instances, such as in legal suits. This also leads to legal insecurity, which in turn directly affects the will for investments.
When it comes to labor, our anachronic legislation regulates almost everything. This originated in the archaic idea that workers are incapable of defending themselves and therefore needs protection from the State. After the second half of the twentieth century this is a shameful excuse to keep a huge legal/bureaucratic apparatus at the expenses of the taxpayers. Besides wasting time and resources, this genuine Brazilian pearl, greatly incentives litigation and usurpation. The result? We have over 3 million labor lawsuits/year, against 1 thousand in Japan. This generates further transaction costs and insecurities that, besides not stimulating employment opportunities, leads to wicked and corrupt consequences in the national economy and in the companies competitiveness. Such consequences turn out to be much worse than lawsuit bureaucracy itself.  
A third issue relates to environmental licenses. According to CNI (National Industry Association), licenses, whether granted to a gas station or to a hydroelectric power plant, are subject to a myriad of 30 thousand norms, most of them very confusing, overlapping, and lacking of any rationality. It is a kafkian process, whose practical objective is far from protecting the environment. More truly, it is a process that creates difficulties to be able to sell easy ways out.
To deal with these three areas, companies and individuals, in Brazil, spend a great amount of resources with lawyers, accountants and technical evaluations. These are transaction costs that consumes huge amount of time and money that could be better used if invested in productive activities. They would generate more jobs and more taxes, since they would increase efficiency and competitiveness. If the Brazilian productive society is able to surpass these carcinogen parasites – created and maintained by the State, it will be as discovering an unexplored rich mine when it comes to gains in productivity
Note: Almir Pazzianotto, Everardo Maciel and Maílson da Nóbrega, are widely recognized names in the Brazilian political and economic scenario. They have, in the past years, written excellent and rational articles, each in their own professional area. The question that still remains is: why then, when these important citizens held government offices, did they not apply such rationality or propose the changes they preach about today?


v  Rafael Jordão M. Vecchiatti, economist. Coordinator of “Movimento Brasil Eficiente”, director of ABIMAQ (Brazilian National Machinery Association) and Member of FIESP Board of Economists.

terça-feira, dezembro 02, 2014

Pode o Brasil Produtivo Sobreviver?





















39 ministérios inoperantes...
Dezenas de tributos absurdos...
centenas de órgãos burocráticos desnecessários...
Milhares de normas irracionais...
20.000 cargos políticos “de confiança”...
6.28 milhões de funcionários públicos...
3.000 (dos 5.500) municípios sem autonomia financeira...

Aonde iremos parar?

Quer mais?

Um singelo exemplo do que a burocracia brasileira é capaz:

Em Julho, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de uma servidora do Ministério da Micro e Pequena Empresa para ocupar o cargo de: “coordenador da Coordenação da Coordenação-Geral de Serviços de Registro do Departamento de Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Racionalização e Simplificação.”  Realmente, não há limites para o ridículo.
 


Em recente artigo, com justa razão, lembrou o ex-ministro Maílson da Nobrega, da necessidade de se reduzir os enormes custos de transação associados às áreas trabalhista, tributária e ambiental.

Didaticamente, menciona os renomados economistas Ronald Coase e Douglas North, além de John Wallis, (laureados com o prêmio Nobel de 1991 e 1993) justamente por suas virtuosas contribuições que, em resumo, concluem: quando elevado, esses custos inibem fortemente o crescimento econômico.

Pesquisaram e demostraram esses economistas que custos de transação equivaliam a mais de 50% do PIB americano. (imaginem no Brasil!) Assim, construir instituições para reduzir os custos de transação é essencial para se ganhar produtividade e expandir a economia (coisa que político algum demonstra conhecer).

Custos de transação transcendem a  burocracia.

O sistema tributário brasileiro tornou-se nas últimas décadas, provavelmente, a maior causa do aumento de custos de transação.
O manicômio tributário gerado por políticas irresponsáveis e burocratas em busca de poder, é inigualável em qualquer outro país. O processo de preencher documentos, escriturar livros e prestar informações – mesmo digitais – gera, além do seu próprio ônus, gigantescos custos em outras instâncias, como nas batalhas judiciais. Além da insegurança jurídica que afeta diretamente a disposição para o investimento.

Na área trabalhista nossa anacrônica legislação, regula quase tudo no mercado de trabalho. Têm origem na arcaica idéia de que o trabalhador não sabe se defender e precisa da proteção do Estado. Além do desperdício de tempo e recursos dessa genuína pérola brasileira é a grande incentivadora do litígio e da usurpação. São mais de 3 milhões de causas por ano (contra mil no Japão). Isso gera outros enormes custos de transação e incertezas, que além de desestimular a própria geração de empregos, têm consequências perversas na economia nacional e na competitividade das empresas. São muito piores que a própria burocracia dos processos.

Uma terceira causa é o licenciamento ambiental.
Segundo a CNI, as licenças, seja de um posto de gasolina, seja de uma hidroelétrica, estão sujeitas a outro emaranhado de 30 mil normas, a maioria confusas, sobrepostas e carentes de racionalidade. É um processo kafikiano, cujo objetivo prático não é proteger o meio ambiente, mas sim criar dificuldades para vender facilidades.

Para enfrentarem essas três áreas, no Brasil, empresas e indivíduos despendem uma enormidade de recursos com advogados, contadores e pericias técnicas.
São custos de transação que consomem enormes somas de tempo e dinheiro que poderiam ser muito melhor utilizados nas atividades produtivas. Gerariam mais  empregos e mais tributos pela elevação da eficiência e da competitividade.
Se a sociedade produtiva conseguir vencer esses cancros parasitas – criados e mantidos pelo Estado -  será como descobrir uma mina inexplorada em ganhos de produtividade.


Nota:
Almir Pazzianotto, Everardo Maciel e Maílson da Nóbrega são nomes que dispensam apresentação e que, nos últimos anos, assinam bons e racionais artigos nas suas áreas de especialidade.
A pergunta que não quer calar é: Por quê, quando governo,  esses ilustres cidadãos e bons técnicos não aplicaram a racionalidade ou propuseram as mudanças que hoje pregam?


  •   Rafael Jordão M. Vecchiatti, economista Um dos coordenadores nacionais do “Movimento Brasil Eficiente”, diretor da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas), membro do Conselho Superior de Economia da FIESP.

quarta-feira, julho 16, 2014

Você sabe o quanto paga de impostos? - 2



 

VEJA QUANTO VOCÊ PAGA DE IMPOSTOS NOS PRODUTOS QUE COMPRA:


PRODUTO                                        TRIBUTOS

 CASA

Casa popular                                       49,02%
Material de construção                         34,23% a 45,77%
Artigos cama, mesa e banho                36% a 37,51%
Artigos de limpeza doméstica               26,25% a 43,28%
Conta de água                                     29,83%
Conta de luz                                        45,81%
Conta de telefone                                47,87%
Eletrodomésticos                                 39,50% a 56,99%
Louças / artigos de cozinha                  42,70% a 45,60%                                      
Móveis em geral                                  30,57 % a 37,56%
TV / Audio                                           38% a 52,06%


ALIMENTOS E BEBIDAS

Açúcar                                                40,40%
Arroz / Feijão                                      18%
Café / Leite                                         33,63% a 36,52%
Carne / Frango / Peixe                         17,91% a 18,63%
Macarrão                                             35,20%
Óleo de soja / Margarina                      37,18%
Ovos                                                   21,79%
Sal                                                      29,48%
Trigo / Farinha / Biscoito                      34,47% a 38,50%
Frutas                                                 22,98%
Água                                                   45,11%
Suco / Refrigerante                              37,84% a 47,25%
Cerveja / Cachaça                                56% a 83,07%     

ARTIGOS PESSOAIS                                

Artigos de higiene pessoal                    40,50% a 52,35%
Roupas / sapatos                                 37,37% a 37,84%
Medicamentos                                     36%
Cigarro                                                81,68%
Computador                                        38%
Telefone celular                                  41%


TRANSPORTE

Transporte de passageiros                   8,65% a 22,98%
Transporte de carga                            8,65% a 21,65%
Automóvel                                         43,63%
Bicicleta                                             34,50%
Gasolina                                            57,03%
Motocicleta (até 125 cc)                     44,40%
Motocicleta (acima 125 cc)                 49,78%


ESCOLAR / INFANTIL

Mensalidade escolar                             37,68%
Material escolar                                   36,19% a 44,39%
Livros                                                  13,18%
Mochilas                                              40,82%
Brinquedos                                          41,98%


ALÉM DISSO, VOCÊ AINDA PAGA DE 15% A 27,5% DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE SEU SALÁRIO!
E, COMO O GOVERNO NÃO PRESTA NENHUM SERVIÇO DECENTE, VOCÊ É OBRIGADO A PAGAR UM PLANO SEU SAÚDE, O COLÉGIO DOS SEUS FILHOS, A SEGURANÇA DA RUA, ETC.

ENTRA GOVERNO, SAI GOVERNO E NADA MUDA! ALIÁS, MUDA SIM, NORMALMENTE AUMENTAM OS IMPOSTOS. NÃO É ATOA QUE OS BRASILEIROS QUANDO VIAJAM (E NOS ÚLTIMOS ANOS PARA OS PAÍZES DESENVOLVIDOS) VOLTAM ABARROTADOS DE MERCADORIAS, POIS TUDO É MUITO MAIS BARATO!
OS CONGRESSISTAS ZOMBAM da gente todos os dias! Até quando vamos aceitar essa roubalheira?


Até quando vamos trabalhar para sustentar essa corja de CORRUPTOS E VAGABUNDOS?

quarta-feira, junho 19, 2013

Como funciona o Brasil...

Bem... está aí de forma didática um resumo de como os governos expoliam a nós cidadãos!
Creio que quase ninguém consegue enxergar com clareza a GRAVIDADE desta realidade (mas, sentimos no bolso).
Por muitos anos tenho escrito sobre as ações perniciosas dos governos contra a LIBERDADE dos cidadãos. E liberdade econômica é, obviamente, das mais relevantes. NINGUÉM melhor do que CADA UM NÓS para saber onde e quando gastar NOSSO dinheiro.

Governos não criam NADA! Os do Brasil, via de regra, gastam MUITO e MAL! Arrecadam uma fábula de impostos (+ de 37% de tudo que produzimos) e malbaratam pelos caminhos da corrupção e do desperdício!

Infelizmente, num país onde predomina o analfabetismo, e onde a indolência é relevante, cria-se um prato cheio para os políticos inescrupulosos que mantém o cabresto eleitoral através do Bolsa Isso, Bolsa Aquilo...
Pagam os cidadãos produtivos.

Mas, há uma forma de mudar isso!
VEJAM:

terça-feira, junho 18, 2013


O ESTADO PARASITA versus A NAÇÃO PRODUTIVA





O Estado Democrático Moderno surgiu para restringir o poder absoluto e sem limites dos monarcas. Foram organizados com a premissa da liberdade e, de forma que os cidadãos elegessem representantes que cumpririam esses preceitos e administrariam a Rés Pública, à vista do interesse da maioria.

Essa era a idéia. Mas, o que assistimos no Brasil é o Estado com o papel autoritário dos monarcas e, os representantes do povo transformados numa classe que só representa a si mesma!

Em 1950 a carga tributária brasileira era equivalente a 14% do PIB. Em 1960 subiu para 17%;  em 1970 era de 26%; em 1980, 24%; em 1990 já era 28%; em 2002 alcançava incríveis 36,4% e em 2012 ultrapassou 37,4%!

Tão gigantesca quanto a montanha de dinheiro que o Estado tira dos brasileiros é a sua ineficiência. E ela se reflete diariamente em nossas vidas, através da precária infraestrutura e dos serviços onde atua. 
Além de estradas, portos, aeroportos e ferrovias absolutamente deficientes, temos metade do número de leitos hospitalares, por habitante, que a Argentina e um sexto do que o Japão possui.
De cada dez alunos da rede pública que concluem o ensino básico, quatro não sabem ler, escrever ou fazer contas.

Mas, como um país rico temos 22.000 funcionários em cargos de confiança! A Alemanha, aquele pequeno e subdesenvolvido país tem 170. A Inglaterra 300.
O Congresso Nacional tem mais de 12.000 funcionários para 513 deputados e 81 senadores. Aliás, temos mais congressistas que os Estados Unidos, que possui uma população 100 milhões maior.
É por isso que a colossal máquina do Estado consome 21% do PIB, e investe menos de 2%.

Segundo o economista Samuel Pessoa da FGV, o gasto público federal real cresceu à taxa média de 7,3% entre 1999 e 2009, muito acima do que cresceu a própria economia brasileira.
Em 2012, num cenário de retração onde crescemos ridículos 0,9%, a arrecadação federal evoluiu 7,8% e o gasto da União subiu 12,5%! Isso mostra claramente o quanto o Estado é perdulário e mal administrado.

Para pagar todos esses desperdícios é preciso arrecadar altos impostos.
E essa é uma das principais razões porque TUDO custa mais caro no Brasil.
Um pequeno exemplo: mensalidades escolares: 37,7% de impostos; conta da luz: 45,8%; remédios: 36%; gasolina: 57%; cerveja: 56%; cigarro: 81,7; e quase a mesma coisa nos cosméticos.

Os únicos beneficiários desta situação são os políticos, uma parte da burocracia e, um pequeno grupo de empresários financiadores e beneficiários da orgia do dinheiro dos contribuintes!

Com um sistema eleitoral viciado e distorcido, que torna difícil a efetiva representatividade, vivemos um Absolutismo de Estado, muito mais caro de se sustentar do que as antigas cortes imperiais, ou as monarquias atuais. Nós, o povo, continuamos subjugados pelos tributos e pelas filas.

Não é possível  que tenhamos que trabalhar 5 meses por ano para sustentar uma máquina burocrática INEFICIENTE e PERDULÁRIA e, além disso, comprometer nossa renda por, pelo menos, mais 2 1/2 meses, para pagar por serviços que o Estado DEVERIA nos prover em retribuição aos IMPOSTOS PAGOS!

Que tipo de “Nova República” é essa?

Não é possível que uma MAIORIA DE CIDADÃOS PRODUTIVOS sustente uma MINORIA DE POLÍTICOS E BUROCRATAS com privilégios inaceitáveis: salários; aposentadorias integrais; riscos de demissão inexistentes; férias, horários,  licenças mil, e outros privilégios MUITO distantes da realidade dos cidadãos que os sustentam!
E você sabia que a previdência social brasileira gasta praticamente o mesmo montante de recursos tanto para pagar 24 milhões de aposentados do setor privado, quanto 1 milhão do setor público?

Em 2001, por denuncias de corrupção que envolviam R$2,2 bilhões em desvios, o ex-presidente FHC extinguiu a SUDENE. Ressuscitada por Lula, gasta 90% do orçamento com pessoal e despesas administrativas. Ao invés de servir aos cidadãos do Nordeste, serve-se a si mesma. Este é apenas um entre centenas de exemplos da mesma natureza.

Outro escândalo permanente: municípios são criados não para atender a racionalidade administrativa ou melhor servir aos cidadãos. São criados para satisfazer as partilhas, os acordos políticos e a ganancia pelo ganho fácil. Mais da metade dos 5.500 municípios e vários dos estados brasileiros não tem autonomia financeira para sobreviver. Quanto custa para a Nação Produtiva a estrutura burocrática, os vereadores, os chafarizes e os desvios dessa enorme irresponsabilidade da “classe” política?

Prefeitos, vereadores, deputados e governadores e burocratas do alto escalão, notoriamente pobres ou remediados no início de suas carreiras passam a ostentar opulência após assumirem os seus cargos ou deixarem os seus mandatos... Qual é a mágica?

Na mesma proporção dos seus cinismos e das suas incompetências, os políticos, via de regra, estão lá para seus interesses exclusivos! Desviam o dinheiro dos tributos que deveria beneficiar os cidadãos. E numa ciranda de corporativismo e de troca de favores, com raríssimas exceções, são punidos. Neste país, há muito tempo, não existe diferença entre os noticiários político e policial.

Nos informa o Conselho Nacional de Justiça que entre 2010 e 2011 quase 3 mil processos penais envolvendo crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa prescreveram nos tribunais brasileiros – antes mesmo de serem julgados!

A notícia só comprova que o julgamento do “mensalão” é uma notória e louvável exceção!
A regra é que quase nada é, de fato, apurado, julgado e os culpados condenados. Casos, como os recentes noticiados de Rosemery Noronha ou Erenice Guerra existem aos milhares...

O enorme paquiderme oficial é assim administrado de forma perdulária e patrimonialista.

Além disso, a cada dia, como que para justificar a sua existência, a burocracia inventa exigências absurdas para controlar e atrasar a vida dos cidadãos.
Faz algum sentido licenciarmos nossos carros a cada ano, mesmo que permaneçam conosco a vida toda? Pagarmos o absurdo IPVA e ainda pedágio nas estradas?

Pela lamentável deficiência e omissão do Estado na área de segurança pública, além de sermos obrigados a blindar nossos carros, há alguma lógica a obrigatoriedade de registrar nossos veículos no Exército?
Por acaso em caso de guerra com o Paraguai, vão requisitar nossas máquinas de guerra?

Na área empresarial, tem algum cabimento o IBAMA (que sequer consegue coibir os desmatamentos ilegais da Amazônia) querer fiscalizar (e cobrar taxas) da Indústria? Já não bastam os órgãos estaduais, como a CETESB, para a função?

Um alvará de construção civil demora em média 469 dias no Brasil, contra 67 em Hong Kong. Para registrar um negócio em nosso país são necessários 119 dias, ante 7 no Chile, e 3 nos Estados Unidos!

A lista de absurdos é simplesmente infindável...

O fato é que enquanto os parasitas do Estado prosperam, a Nação produtiva empobrece!

E isso acontece porque somos uma imensa plateia passiva e inculta, desinformada do essencial, no que se refere aos preceitos básicos para o funcionamento de um regime constitucional representativo, de uma democracia autêntica!
Além de analfabetos funcionais, enquanto cidadãos, inexplicavelmente nos desdobramos em mesuras formais e tratamentos obsequiosos quando nos dirigimos aos nossos algozes! Os mesmos que DEVERIAM trabalhar por nós – nossos MANDATÁRIOS!

Somos incapazes de reagir a esse trágico espetáculo, em que o Estado parasita nos subjuga com promessas e tributos!
E os ignorantes acham que, porque votamos em eleições , estamos todos na democracia plena...

Parece incrível que, apesar de aptos a defender individualmente nossos interesses pessoais e a reconhecer a NECESSIDADE de MUDANÇAS que restrinjam o poder dos governantes e privilegiem a liberdade dos cidadãos, coletivamente, portamo-nos passivamente, como se o problema não fosse nosso!

E essa passividade no decorrer do tempo deu margem aos governantes para intrometerem-se em tudo nas nossas vidas! Essa atitude complacente contribuiu para termos políticos vazios, incapazes de exercer suas verdadeiras funções! Só prometem, não cumprem. E não cumprem porque não têm noção de responsabilidade que só o trabalho produtivo trás...

Os eleitos, ditos “homens públicos” não têm a MENOR noção da essência das suas funções, e dos princípios do VERDADEIRO Estado de Direito. Fizeram da política um FIM para si próprios e não o MEIO para servir a comunidade, a Nação!

E os que estão no poder, só sabem repetir chavões dogmáticos. Não se interessam pela História no que se refere a essência da evolução política, a longa travessia do homem, como cidadão contra as tiranias de qualquer matiz.
Desconhecem que na evolução dos regimes absolutistas para os estados democráticos, os filósofos constitucionalistas para prevenirem o arbítrio monárquico idealizaram um sistema de governo imune aos abusos de quem quer que estivesse no poder.

Formularam eles um sistema de governo onde prevalecessem os ditames da verdadeira lei, e não as vontades pessoais dos homens no poder. Um sistema fundamentado na liberdade individual - una, integral e indivisível - e, no princípio de Estado de Direito, onde o voto, simples processo de escolha, era apenas uma das características.

O Estado de Direito verdadeiro,  significa a adoção de dois princípios fundamentais que a humanidade aprendeu após longa experiência: o primeiro, que todos os órgãos de um sistema de governo devem ter perfeitamente DEFINIDAS e LIMITADAS as suas funções e, segundo, que as LEIS para serem VERDADEIRAS devem possuir os seguintes atributos: serem NORMAS GERAIS de justa conduta, IGUAIS para todos, e aplicáveis  a um número indefinido de casos futuros. Normas gerais, isonômicas, prospectivas! Não imposições casuísticas e discricionárias ante este ou aquele segmento da sociedade.
   
E são esses princípios que precisamos restaurar! Temos que protestar bravamente e enquadrar os políticos no verdadeiro Estado de Direito. Afinal, NÓS o POVO somos os MANDANTES e eles são os MANDATÁRIOS! Estão lá para nos servir e não para servirem-se de nós, como ocorre já há muito tempo. Está na hora de um sonoro BASTA!

É preciso que nos convençamos de uma vez por todas: o caminho para a prosperidade tem regras muito mais simples do que todos esses discursos enganosos que nos impingem há anos!
Ambiente institucional estável, com regras definidas e duradouras. Esta é a melhor receita para atrair investimentos. Investimentos é que geram empregos. E são os empregos produtivos que criam estabilidade social e possibilitam a prosperidade dos cidadãos e, como consequência fortalecem o Estado. O aumento do salário real e do nível de vida se faz através da eficácia do trabalho produtivo e da eliminação dos desperdícios. O maior destes, aliás, é o custo improdutivo, sem retorno, dos tributos hauridos da sociedade e malbaratados pelos caminhos de um Estado perdulário e incompetente.




Artigo do Economista Rafael J. M. Vecchiatti
Invited Visiting Scholar Paul H. Nitze - School of Advanced International Studies   
The Johns Hopkins University.

IMAGEM DO LIVRO "CARREGANDO O ELEFANTE" de
Alexandre Ostrowiecki e Renato Feder